segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Você acredita em milhas? E em Papai Noel, no Coelhinho da Páscoa e na Justiça para os políticos brasileiros também?

Se a resposta ao título foi SIM, só tenho a dizer: Ô dó!
Eu também acreditei!

João Monlevade - casa de pai mais mãe - 23 de Dezembro de 2012

Fui à loja da TAM na Praça Marília de Dirceu (BH) duas vezes e, adivinha? Claro que não dava para usar as milhas para chegar à terra do sol nascente. Lembram da tabelinha de milhas necessárias para chegar até lá? Vide post anterior. No trecho em que, de acordo com a tabela do site eu precisaria de umas 30 a 40 mil milhas - por exemplo, África -> Ásia, na loja me explicaram que aquilo era "A PARTIR DE"... Assim, na realidade, eu precisaria de umas 85.000 milhas para cada perna!!!!! Perna é cada trecho da viagem: só a ida ou só a volta. Minhas milhas então, não valeriam de nada.

Desolada e desiludia, mas ainda com aquela incontrolável vontade de viajar e a boa esperança correndo nas veias, resolvi tentar um plano B, que já tinha sido sugerido por André - outro totalmente animado para rodar por aí. Sentei ao computador para pesquisar preços de passagens para a Ásia: tudo MUITO caro: de uns R$5.000,00 a R$12.000,00 por pessoa, ida e volta, classe econômica. Comecei a procurar uns destinos diferentes do nosso roteiro inicial, que não incluía Austrália. Acabei achando um vôo da TAM para a Austrália operado pela LAN, pela relativa bagatella de R$3.500,00 - escala em Santiago do Chile. Eu e Dé conversamos e liguei para o querido Cadu - My Tour*, que sempre providencia as passagens com toda disposição e atenção do mundo! Esse vôo da LAN só tinha um problema: ele saia muito muito cedo de SP, então teríamos que ir um dia antes e pernoitar lá. Além do mais, a escala em Santigo do Chile era de milhões de horas, mas não o suficiente para uma volta na cidade. Mesmo assim eu estava disposta, até que o Cadu deu a luz! Por um pouquinho a mais, vamos de South African, com saída de BH, sem dormir em SP e com uma curta escala lá, mais uma escala na África do Sul. Claro que não resisti e pus aí, sem acréscimos financeiros, um stop over em Joanesburgo. Stop over é quando você para numa escala, desembarca e fica um ou mais dias no local antes de continuar a viagem até o destino final. A maioria das empresas permite que você faça isso sem custos adicionais, mas tem que ser programado com antecedência. A paradinha não vale para bilhetes emitidos através de milhas.

Para conseguir a façanha de utilizar as milhas na Ásia, já que desisti de usar para chegar até lá, eu e André fizemos a seguinte ginástica: ele emitiu o bilhete dele Smiles de Narita (Japão) para Hong Kong (China) no dia 11/03, classe executiva. Pelo menos era "baratinho": 18.500 milhas (o vôo pela empresa Delta, se pago, na classe econômica, custaria "módicos" R$4.094,00!!!!!! mais taxas). Só tem um problema: no vôo, mesmo nos dias um pouco antes e um pouco depois, só tinha uma vaga para viajantes milheiros - a que ele adquiriu. Assim, ou eu viajo dois dias antes dele ou pago esse dinheiro aí (mais caro que a passagem que pagamos Brasil - Sydney ida e volta).

Com toda a paciência do universo, consegui emitir o bilhete no mesmo vôo, classe econômica (12.500 milhas) para dois dias antes - frio na barriga, porque isso implica chegar sozinha a Tóquio, uma cidadezinha que não fala inglês e que tem 39 milhões de habitantes (incluindo os arredores). Isso dá umas dezesseis vezes a população de Belo Horizonte. Recebi o email de confirmação e tudo mais, mas o site da Smiles deu problema na hora de confirmar o pagamento da taxa. Quando se emite um bilhete com milhas, paga-se a taxa de emissão que, no caso, é de R$62,00, mas já vi até de R$214,00! Bom, neste exato momento estou na terceira ligação para a Smiles (o número que eles forneceram no site quando deu problema estava desatualizado). Estou há 25 minutos com aquela musiquinha infernal na orelha e nada... Ah, a ligação é 0300.

Vamos viajar separados nesse trecho? Talvez... Mas como a taxa é baratinha e você perde apenas R$80,00 se cancelar e nenhuma milha, resolvi garantir.

Os trechos Hong Kong - Seoul e Seoul - Sydney eu consegui emitir na loja da TAM. Paguei caro 90.000 milhas (ao todo, meus bilhetes e do André), mas não tive problemas.

Ah, eu já ia me esquecendo de um detalhe bem importante: quando se procura bilhetes por milhas no site da Smiles, para complicar a vida do coitado do viajante esperançoso, tem que se fazer a busca dia-a-dia: não tem como você verificar se há algum vôo de milha disponível no período. Um macete é buscar disponibilidade de vôos para uma pessoa, caso não consiga para duas: às vezes você consegue achar, assim, dois lugares no mesmo vôo, mas em classes diferentes (pode ser melhor do que desembolsar a passagem). Além do mais, quando se busca um trecho qualquer, ele apenas diz que a busca não gerou resultados naquela data, mas isso pode significar que não tem assento ou simplesmente que a Smiles não opera aquele trecho. Acontece que uma coisa é bem diferente da outra: porque se é uma questão de disponibilidade de assentos, pode ser que em outro dia ou hora você consiga. Caso contrário, vai ficar gastando a sua beleza e precioso tempo em vão na frente do computador. Para saber se o trecho é operado ou não, só pelo famoso telefone aí.

Lição do dia: quer viajar pra bem longe? Ou com MUITO dinheiro ou com algum dinheiro a paciência de Jó, boa vontade de nem sei o quê. Ai ai...

Aos amigos que acompanham o Blog porque são amigos e não pelo interesse nas dicas de viagem, peço licença pelas chatices da novela Providenciar Passagens - mas é que esse tipo de post costuma ajudar outras pessoas no seu planejamento.

Obs: escrevi este post e, depois de uns 40 minutos, ainda estava na espera...

* site da My Tour: http://www.mytur.com.br/ - fale com o Cadu e diga que Kk recomendou!

domingo, 6 de janeiro de 2013

Outras voltas

Belo Horizonte, 21 de Dezembro de 2012

Acho que é tendência natural do ser humano acumular coisas durante a vida: tem gente que acumula dinheiro, cacarecos, livros, gordurinhas, histórias e uma infinidade de itens. Minha maior pretensão é ser do tipo que acumula milhas. Não milhas no cartão de fidelidade ou ganhas no cartão de crédito. Milhas viajadas mesmo.

Por isso... já estou praticamente "com o pé na estrada, qualquer dia a gente se vê, sei que nada será como antes, amanhã... Que notícias me dão dos amigos? Que notícias me dão de você?".

Roteiro 2013: África do Sul/ Austrália/ Singapura/ Koréia do Sul/ China/ Japão/ Austrália/ África do Sul e casa. :)

Desta vez, a viagem começou assim: fiquei sabendo de um congresso da minha área de trabalho que acontecerá em Hong Kong em março do ano que vem. Eu já tinha umas milhazinhas (afinal, já tinha dado a volta ao mundo em 2012 e gastei TUDO - até chicletes no cartão de crédito no último ano). Pensei: umas 120.000 milhas Star Alliance (TAM) mais umas 18.000 Smiles (Gol) - já deve dar para brincar. Além do mais, meu companheiro de aventuras também tem o bolso gordinho de milhas, mais que o meu, aliás. E fui sonhando. Fui sonhando (e com restrição orçamentária) uma vez que fiz a opção de desacelerar no trabalho no último ano.

Mas, "desilusão, desilusão, danço eu, dança você na dança da (...)" pontuação. Não é novidade para ninguém que as empresas aéreas dificultam até onde podem que você utilize seus pontinhos suados que elas oferecem de boca cheia. Começou a novela.

Primeiro entrave: minhas milhas são predominantemente Star Alliance e as do Dé Smiles. Então, o negócio seria viajar separado e nos encontrarmos na Ásia. Ok, mas... viajar sozinha é fantástico, quando você está viajando sozinha, né? Viajar sozinha estando acompanhada, ainda mais num vôo que entre escalas e cia limitada dura mais de um dia é dureza! Tivemos a idéia: a gente poderia emitir dois bilhetes de ida e de volta de BH ou SP até a Europa ou África (com minhas sonhadas milhas) e de lá, mais dois de ida e de volta até qualquer lugar da Ásia. Era a solução para a solidão! Fui namorar o site da TAM Fidelidade. Lá tem uma tabela* com os pontos necessários nas alta e baixa temporadas para todos os destinos da própria TAM ou das empresas parceiras. Era felicidade demais: para ir até a Ásia Oriental em baixa temporada seriam necessários, em classe econômica, por trecho, por pessoa: 50.000 pontos. Dava e sobrava. Dentro do nosso plano de viajarmos juntos, Brasil/ África do Sul: 15.000 pontos (todos os valores serão por trecho/ pessoa na classe econômica) ou Brasil/ Europa: 30.000.

Fui à loja da TAM, uma vez que (diferente da Smiles), não se consegue emitir bilhete das empresas chamadas parceiras (todas as outras da Star Alliance que não são da TAM) pelo site, só na loja mesmo. Em BH, tem uma na Praça Marília de Dirceu.

Começou aí o trabalho árduo...


* como nas postagens anteriores, para facilitar a leitura e ajudar um pouquinho quem também gosta de viajar, vou colocar os links e algumas sugestões na forma de rodapé de página.

Tabela de pontos necessários poir classe para viagens internacionais TAM/ STAR ALLIANCE
. baixa estação: http://www.tam.com.br/b2c/vgn/img/fidelidade/pt_passagensPremios_baixa_estacao_pos01072011.pdf
. alta estação:
http://www.tam.com.br/b2c/vgn/img/fidelidade/Resgate-Pt-AltaEstacao-21112011.pdf

Ásia: here we go!

Queridos,

O Blog está na ativa outra vez. Agora com as dores e os prazeres de uma viagem à Ásia- dos preparativos até o retorno!

Here we go!