sexta-feira, 30 de março de 2012

Hell: Marrakesh ou Marrocos segunda parte.

Reinicio o relato pelo caminho para Marrakesh saindo de Merzouga. Foi um tal de sobe e desce Atlas, Middle Atlas e sub Atlas que já não agüentava mais, na hora que dormi depois de tanto direita esquerda quase passei mal de novo... Depois fui assentada ao lado de Armed, nosso motorista, e descobri que indo na frente não se passa mal é pelo excesso de adrenalina... A cada 5 minutos você tem certeza que o carro vai cair no despenhadeiro ou então que vai bater no carro que vem na outra mão. Bom sobrevivemos e Armed nos deixou quase no lugar certo, depois o funcionário do hotel de Marrakesh veio nos buscar, o Assis. Ele parece o Tropeço (mordomo da família Adams), assusta um pouco no inicio, mas com o tempo ele até riu um pouco e melhorou nossa impressão sobre ele.
A dona ou gerente do hotel, não tenho certeza da função dela, tem certeza que somos todos muito ricos kkkk, sugere sempre restaurantes caros e afins, como é o fim da viagem resolvemos embarcar na história e bancar os excêntricos e vamos de calça de trecking ou jeans, camiseta, que não vence, e tênis aos restaurantes que ela indica. No mínimo melhora a alto estima...
Bom voltando às descrições detalhadas o primeiro dia foi jantar e cama, viva! Cama boa e confortável no quarto Aisha, azul, bem decorado, banheiro grande e com pequenos mimos. No outro dia levantamos cedinho e fomos passear pela Medina, nem ficamos muito perdidos. Vimos a praça Jamaa el Fna pela manhã e no inicio da noite, tomamos o famoso suco de laranja e fizemos algumas comprinhas, depois tentamos achar o Hammam público. Achamos, mas era publico demais, risos... Não conseguimos encarar, voltamos pro hotel. Boa noite, jantar num restaurante de culinária internacional comida boa e de sobremesa escolhi na sorte uma coisa com chocolate e lucrei um petit gateu com sorvete.
No último dia passeio de ônibus turístico kkk vermelhinho igual de filme. Almoço num restaurante na praça com terraço (pizza com salada, fiquei tão feliz de não ser tangine, achei que quando as pessoas falam que cansavam de tangine em uma semana era exagero, mas não é). Mais uma voltinha e simbora pra Casablanca...
Estrada boa fizemos o percurso em 3h. André na frente tendo aula de berbere com o motorista, esse muito mais divertido que Armed, chama-se Mustafa. Voltamos para o mesmo hotel, dessa vez quarto cor de rosa (novamente uma foto vale mais que mil palavras). Jantamos em outro restaurante, onde se pode fumar e se fuma muito... Haja rinite! O restaurante, o serviço foi lama, demora para atender, talheres sujos, os pratos vieram trocados, alguns foram esquecidos, o creme burleé foi frio e queimado... Ruim com força.
A noite vai ser curta para fechar a mala... Hoje lama, amanhã partir para Lisboa e depois pra casa, BH Brasil. Comer arroz com feijão, pão de queijo e dormir na minha cama. Matar saudade de todo mundo, pena que chego na semana santa já trabalhando...
Mas de qualquer forma, no final deu vontade de não acabar... Termino com reticências para deixar em aberto novas viagens, novos destinos e novos rumos.
Beijos para todos, to quase aí... Saudades muitas!
As fotos vem depois esqueci de bater fotos com o celular, só tenho o por do sol de despedida de Marrakesh, que por sinal foi lindo. E a fonte do ultimo Riad.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Hell: Marrocos, primeira parte...

Inicialmente ia escrever tudo do Marrocos de uma vez, mas quando o final foi chegando optei por dividir pra ver se a demora mais a acabar. Complicado essa história, estou com saudades das pessoas que deixei no Brasil, mas agora no finalzinho, deu uma vontade de recomeçar...
Bom vamos lá. Embarcamos em Istambul com destino a Casablanca. Em Casablanca encontramos a última companheira a se juntar a nossa aventura, Marina.
Marina chegou no aeroporto de Casablanca bem cedinho e ficou nos esperando até quase 15h, que foi quando terminamos todos os procedimentos de alfândega. Depois sacar dinheiro e direto para o hotel. Entrada bem decorada estilo Riad, mas os quartos, "meu Deus"... Como uma foto vale mais que mil palavras deixo a foto para vocês. Foi bom conversar com Marina, me atualizar sobre algumas coisas fez diminuir um pouquinho a vontade de voltar pra casa... Jantar num restaurante especializado em peixes e frutos do mar, bem do lado do mercado de peixe, comida deliciosa.
D2: dia cheio, acordamos cedo, mochilas prontas, direto para a Mesquita Hassan II, realmente uma construção maravilhosa, mas o dia estava nublado com nevoeiro e me senti como João nas nuvens tentando enxergar o castelo depois de ter subido no pé de feijão. Pelo interior é de longe a Mesquita mais bonita que já vi (os trabalhos em madeira, a iluminação, tudo...). Saímos da Mesquita rumo a estação de casa voyager -trem para Meknés (compramos primeira classe devido a pequena diferença de preço para a segunda e dessa forma garantiríamos um lugar para assentar), só tinha cabine e o ar condicionado não estava funcionando. No inicio tudo bem, a alegria da Lidi em andar no trem de "cabininha" contagiou todo mundo, mas quando o calor foi aumentando e a janela só abria um pouquinho, foi batendo uma preguiça... Faltando umas duas estações mudamos de vagão, pra um com ar. Descemos em Meknés, dessa vez um carro nos esperando (esqueci de contar que dessa vez devido a uma recomendação de uma amiga do André, conseguimos resolver tudo muito mais fácil). Almoçamos em Meknés, passamos por Moula Idriss (a primeira cidade islâmica do Marrocos, onde não há bares nem hotéis, segundo o nosso motorista que fez muito bem as vezes de guia). Uma visita a Volubilis (ruína romana do século III - pelo que consegui encontrar de história do local) e uma parada para ver o por do sol próximo a um lago artificial e algumas plantações, tudo tão verde que fica difícil acreditar que a 400 Km esta o deserto. Chegamos no hotel já era noite, mas acertamos tudo até o passeio de camelo pelo deserto. O hotel é novo tem menos de 2 anos de funcionamento e além dos funcionários extremamente prestativos, a decoração é linda. Jantar num restaurante que funciona na casa dos donos com a comida preparada pela esposa e pela mãe do dono. Tudo maravilhoso!
D3: hoje, 26/03 é parabéns pra você, aniversário da minha irmã Laélia. De passeios foi dia de conhecer a Medina de Fes e a parte nova da cidade. Muito diferente e ao mesmo tempo muito parecido com varias cidades, os cheiros, as pessoas, as lojas, os caminhos... Difícil descrever, é realmente um mundo paralelo... Jantamos em outro restaurante, não tão bom quanto o de ontem, mas nos divertimos até. Lidi deu aulas de árabe. As aulas da Lidi rendem um post inteiro.
D4: acordamos ás 7h e ás 07:30h saímos de Fes com destino ao deserto... O dia inteiro no carro e mais 90 minutos em cima do camelo para chegarmos num acampamento no meio do nada, no meio da noite! Juro que quis matar a Lidi, mas no final foi super divertido. Nossos camelos Augusto Felipe (Cassia Elena), Zé Roberto (André), Fernando (Lidiane), Serginho (Helen), Adailton (Marina) e Beth (Karina). Noite divertida vendo um mar de estrelas. Jantar: tangine no deserto, sobremesa laranja. Dormimos numa suite super fina um monte de cobertores forrados com lençol e mais cobertores. Bom, não vou falar nada sobre conforto, mas foi um hotel de um milhão de estrelas... O retorno para Merzouga foi...digamos que a empolgação de andar de camelo tenha passado.
D5: estrada novamente a caminho de Marrakesh... No próximo post Marrakesh.
Fotos: o hotel em Casablanca (cama de dossel), a Mesquita Hassan II (a do pé de feijão), o hotel de Fes, o deserto e os camelos. Copinhos de chá de menta e Jantar na tenda no deserto.
Em breve o final... O percurso até e Marrakesh. E depois pra casa...

domingo, 25 de março de 2012

Hell: Kapadokia, seguindo conselhos de Cla...

Bom, chegamos em Kayseri, á noite, todo mundo meio morto, mas depois de deixar as mochilas, direto pra rua. Antes tenho que falar do hotel, uma parte dele aproveita as formações rochosas da cidade, super antigo, aconchegante e esse é um forninho! Jantamos em um restaurante pequeno com um dono super simpático, os funcionários foram embora e ele ficou batendo papo com a gente um tempão. Explicou sobre as questões da proximidade com a Síria, dos problemas que uma guerra traz para a região e nos contou que a Turquia é o pais muçulmano mais tolerante com outras religiões, que aqui pessoas de todas as religiões convivem bem. Muito simpático, contou um pouco da história recente da região (pós segunda guerra) e como fomos para jantar tenho que falar da comida, que estava ótima... Dormir e amanhã green tour.
D2: saímos por volta de 9 horas visitamos a cidade subterrânea, Ilhara Valley, monastery, Pigeon Valley e no final paramos na lojinha pega turista, em todo lugar tem uma dessa e sempre tem alguém que fala português. Jantamos num restaurante que fica no andar de cima num morrinho, comida boa e música ao típica ao vivo, com direito a dança. Lidi ganhou um admirador - parece que o dono andou arrastando asas pro lado dela.
D3: passeio de balão! Ficamos parecendo criança pequena esperando, os olhinhos brilharam kkk! Só que marcaram conosco ás 05:30 e passaram as 05h levaram 4 pessoas ao invés de 5 e depois às 05:30 vieram procurar 4 pessoas e disseram que não iam nos levar, fato saímos por volta de 06h. Mas foi tudo lindo, no final, parece que, ficamos em uma empresa melhor... Milhões de fotos, um certificado e um brinde com espumante! Voltamos pro hotel e colocamos o resto do sono em dia. Dormimos mais do que devíamos e só fomos sair por volta de 13h, rodamos na cidade, visitamos as lojinhas e almoçamos num local indicado pela Cla (amiga do titulo e que nos deu todas as dicas). Depois o tempo fechou e como já eram quase 16h voltamos pro hotel. À noite repetimos o restaurante do dia anterior dessa vez sem música.
D4: saímos cedo e fomos conhecer o open air museum de Göreme. Fotos lindas! O céu de um azul maravilhoso... Voltamos para Istambul e pra mesma guest house, um bom último jantar, uma boa noite de sono e partir para a ultima etapa: Marrocos e depois casa...
Beijos para todos...
Saudade do pão de queijo!
Fotos: Ilhara Valley, passeio de balão e picolé de portokal com a cidade ao fundo.
Sim, eu tomei picolé no frio de 13 graus!

quinta-feira, 22 de março de 2012

Cássia: A Origem II: SP- NY

Olá pessoal!!!! Sei que estou mega atrasada com minhas postagens...... Mas tentarei deixar atualizado o mais rápido possível!!!! Bjs

26/02 Parte II

Após o desembarque em Guarulhos aguardei por um tempinho algum contato da Helen para saber onde nos encontraríamos. Resolvi então fazer o check in,pois pelo horário que a Helenzita falou que chegaria acreditei que já sairia de BH como vôo internacional. E realmente foi o que aconteceu.
Assim que desembarcou ela enviou-me uma mensagem dizendo que estaria já na área de embarque(mais precisamente em frente ao Free Shop. Consegui acompanhá-la na compra do casaco( ela já explicou na postagem dela) sem realizar nenhuma compra( o que é algo beeeem difícil de acontecer!!!!)
Ficamos torcendo por um vôo vazio e...... Obviamente não foi o que aconteceu!!!! Fomos de TAM para NY. Não tenho reclamações!!! Serviço de bordo eficiente!!! Recomendo!!!
Helen ainda teve a sorte de " ganhar " a poltrona ao lado para esticar as pernocas ( a senhora que ocupava aquele assento acabou por conseguir sentar-se ao lado da amiga) ...... Já eu não tive a mesma sorte!!!! Porém consegui descansar no vôo!!! O que era importante para poder encarar nossa passagem relâmpago por NY!!!!!


quarta-feira, 21 de março de 2012

Hell: Istambul, uma homenagem a Cla!

Chegamos em Istambul por volta de 05:30 da manha depois de um vôo completamente lama. Saímos de Kathmandu para Bangkok, umas 5h de vôo, esperamos por 6 horas no aeroporto e embarcamos para Istambul mais 10h de vôo.
Vôo lotado nós três assentadas no meio. Lá pelas tantas chamada no som da aeronave, se houver algum médico abordo favor se identificar à tripulação, cutuco a Kaka e pergunto: e aí?! Fato, nos apresentamos á comissária e lá fomos as duas, (adendo antes tinha aparecido um oftalmologista e ela me perguntou "are you a medical doctor or an eye doctor?" - desculpem-me os amigos oftalmologistas). Fizemos o que devíamos e voltamos pro nosso lugar. Mas é obvio que não seria assim tão fácil... Depois de um tempo a pediatra da turma resolveu começar a dar trabalho também e acabou precisando de atendimento médico, só q essa parte deixo para as meninas contarem.
Só mais uma coisinha, antes de pousarmos pedimos que arrumassem uma ambulância para receber o paciente, ou seja desembarque ao ar livre às 05:30 e com direito a circo, segurança do aeroporto, ambulância com equipe completa e no final viraram e disseram que fizemos tudo certo, até elogiaram a medicina terceiro mundinha da gente... O pagamento Cassia lucrou um café da manhã da primeira classe, eu nada porque não dava conta e Kaka também nada, tinha terminado de comer um bolinho...
Chegando em Istambul, ainda mareada, foi dia perdido pra mim, não tinha dormido nada e nem comido nada. A Ka foi duas vezes no aeroporto, buscar André e depois buscar a Lidi e eu de cama, pior manifestações políticas pela cidade e metro e tram parados... O taxista ainda deu o golpe e cobrou muito mais pela corrida.
A única vantagem de chegar tão mal foi que o pessoal do hostel viu uma pessoa tão destruída que disponibilizaram o quarto quase 4 horas antes do previsto.
D2: acordo nova! E simbora pra rua recuperar o atraso. Hoje foi dia de passeio pelo Bósforo, de Ferry mais barato e tão legal quanto o cruzeiro. Torre Galata, almoço numa portinha local e depois palácio Topkapi mais Grand Bazaar. A noite apresentação Dervixe, jantar e cama. O recepcionista do hostel me viu a noite e perguntou se estava melhor, depois brincou que nem precisava perguntar pois minha aparência estava muitas vezes melhor... Acho que realmente estava péssima.
D3: se ontem foi cheio, hoje lotado... Ayasofya, Mesquita Azul, Basílica Cisterna e aeroporto a tarde, direto para Kayseri.
Dessa vez relato um pouco menos empolgado, acho que reflexo da destruição que fiquei depois do vôo. E as fotos também, queria que estivessem melhores, as da câmera estão, voltando pro Brasil troco as fotos.
Fotos: Bósforo visto da torre Galata, a porta é no palácio Topkapi, a extrema é da Mesquita azul, interior de prédio é Ayasofya e a com água e Basílica Cisterna. Ah tem Grand Bazaar também.
Beijos! Daqui a pouco tem mais, passeio de balão na Capadócia!!!

terça-feira, 20 de março de 2012

Kk: Goreme, Turkia, 21 de março de 2012 ou Quando uma imagem vale mais que mil palavras...


Queridos, fiquei muito feliz em vê-los por aqui durante esta viagem! Cada comentário, cada visualização... Foram muitas, as deliciosas e constantes presenças, como Nathayl, Ana Paula, Fábio, Carol e da Cla (com as melhores dicas do mundo! :-)

Peço desculpas pela irregularidade das últimas postagens e, a partir de hoje, vou substituir os escritos pelas imagens. Há quem acredite que uma imagem valha mais que mil palavras... Eu sou do time dos amantes das palavras. Mas é que a companhia física de um amigo, de um amor, valem ainda mais que todas as palavras escritas do mundo. Ainda mais se são pessoas queridas que topam a empreitada de encarar uma grande viagem com você, para locais e culturas completamente diferentes.

Assim... minha viagem de viajar nos lugares e na minha relação com eles e comigo mesma e o registro por extenso) aqui, chegou ao fim (mas não se preocupem porque as meninas, principalmente os dedinhos nervosos da Hell escrevendo tudo no iPhone, continuarão postando.

Vou postar as imagens e viajar nas pessoas que estão ao meu lado e na minha relação com elas. Uma vez, lendo sobre o amor (livro Eros e Pathos - Aldo Carotenuto - acho que, sociólogo italiano) deparei-me com a afirmação de que nos conhecemos de verdade quando estamos em íntima relação com o outro, quando passa a fase inicial de encantamento e nos deparamos com a o real desse outro... Viagens, enfim!

Continuemos?

Beijos púdicos da Turkia!
Kk

Ps: entre o último post meu e este, passei pelo Nepal (Kathmandu, na cordilheira do Himalaia, incluindo ver nascer do sol de longe, passando pela pontinha do Everest, escala na Thailândia (Bangkok), Istambul (Turkia) e ainda estou neste país, na cidade de Goreme, num hotel dentro da pedra! :)

domingo, 18 de março de 2012

Hell: O topo do mundo é logo aqui...

15/03 chegamos no Nepal, mais especificamente em Kathmandu, depois de termos saído de Guílin ás 22h chegado em Chengdu ás 00h e partido novamente ás 09:50, enfim com destino ao Nepal... Nesse meio tempo dormimos em Chengdu por mais ou menos 5h (meio lama, cama boa, hostel legal, mas muito morta de cansaço).
Chegamos ao Nepal meio mortas de fuso, de sono, de cansaço, de quase tudo...
Nos buscaram no aeroporto e ao chegarmos no hotel fomos apresentadas ao gerente de turismo do hotel, como tinhamos pressa, combinamos um passeio para Nargarkot para ver o sol nascendo próximo ao Everest e depois visitarmos Patan, pedido USD 50, como estávamos sem paciência para negociar topamos por USD 45. Passeamos pela cidade, parece muito com a Índia, mas a arquitetura é diferente, a exploração ao turista é maior e as ruas são menos sujas. Ah e aqui parece ser o paraíso dos "bicho grilo"! Jantamos ás 17 horas e fomos dormir, por exaustão e por que o combinado era acordar ás 4 da madrugada pra partirmos rumo a Nargarkot e ver o Everest para depois passear por Patan.
D 2: despertador tocou as 4h após uma noite estranha, com pesadelos e direito a um carregador na testa por que a tomada fica em cima da cama...
Noite fechada ainda e partimos rumo a Nargarkot, chegamos lá e pouco tempo depois o sol começou a nascer, pintando de dourado as montanhas da cordilheira do Himalaia e o EVEREST! Deixo para vcs verem uma foto, batida com o celular, então vejam ou imaginem o q eu vi, por que eu não sei descrever... Na volta o motorista nos perguntou se que queríamos conhecer Bhaktapur, que era a pegadinha de turista, a gente imaginou, mas assustamos... Pra entrar na cidade USD 15 por cabeça e é taxa oficial! Valeu o dinheiro, a cidade é muito bonita, bem preservada e estão restaurando do que foi deteriorado pelo tempo. Almoçamos na cidade e o motorista assentou na mesa conosco, ficamos sem graça e perguntamos se ele aceitava almoçar... Aceitou, comeu mais que nós 3, mas no final decidimos que essa seria a "tip" 600 rupias nepalenses, convertendo nem ficou tão ruim. Mas achei meio abusado da parte dele, na Índia eles nos deixavam na porta e depois voltavam para buscar ou assentavam em outra mesa e eram responsáveis pela sua própria comida. Após o almoço partimos para Patan, visitamos a Durbar square, tiramos umas fotos e passeamos um pouco pela cidade. Ao chegarmos ao carro tivemos que esperar o motorista por cerca de 15 minutos e ele nos disse que ligou para o gerente dele, o mesmo digníssimo senhor que nos vendeu o pacote , no dia anterior, e que o mesmo disse que Patan não estava incluído no acordo. Voltamos ao hotel e, quem eu encontro?! O mesmo digníssimo senhor, paguei o que devíamos e subimos para o quarto. Saímos para andar novamente por Kathmandu. Encontramos dois brasileiros que estavam partindo para o trecking até EBC, ai que vontade de ir com eles... Jantar no hotel e ver a cara do motorista e do gerente varias vezes, passando e sorrindo, quase tive indigestão. Ainda bem que amanhã estamos caindo fora. Volto ao Nepal, mas não pro mesmo hotel!
Restante da noite, tentamos falar com Marina e resolver o Marrocos, afinal pra lá só tem passagem...
D3 acordamos usufruímos mais um pouquinho da internet movida a lesmas congeladas pelo Everest, fechamos a mochila e zarpamos rumo á Turquia! A raiva passou e até despedi do senhor gerente de turismo.
Quero muito voltar para fazer o trecking ao EBC, mas se bobear mudo a cidade... E antes uma passadinha no Tibet pra chegar mais paciente... Mas esses são devaneios pra outro momento.
Lidi bem vinda! Te encontro no aeroporto!
E pra todos: Bj, bj, bj! E até daqui a pouco! Com mais novidades!
Fotos: o sol nascendo em Nargarkot, a cordilheira do Himalaia, prédios de Bhaktapur.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Hell: Guílin

Saímos de Beijing em 11/03 com destino a Guílin (pronuncia Güilin ou algo parecido) na bagagem memórias de Beijing, pois as lembrancinhas estão indo pelo correio, chegam em 2 a 3 meses (é que elas vão pra lá de navio!).
Ao pousar já nota-se a diferença, montanhas!!! Indo para a cidade vê-se arvores com folhas verdes, flores nos canteiros, a temperatura e a umidade, ai meu nariz parou de sangrar no segundo dia!
A cidade é extremamente turística com barraquinhas de artesanato, ruas fechadas com lojas e restaurantes com quase qualquer tipo de comida (continuamos arriscando paladares e jantamos tailandês-pimenta, leve mas pimenta), no restaurante uma certa dificuldade de comunicação, queríamos peixe, pedimos dois pratos diferentes e sempre algum não podia, foi necessário que o gerente ligasse para nos explicar que na cozinha só tinha um peixe disponível... O restaurante ficou carinhosamente conhecido como o "UM PEIXE", por nós. Voltamos pro Hostel e descobrimos mais um ar condicionado que não funciona, mas dessa vez tinha cobertor elétrico e com isso nem precisamos do ar e o saco de dormir voltou pro fundo da mochila.
Dia 2: café da manhã na padaria próxima ao hostel, Kaka encontrou pão de queijo e broa de milho, eu um sanduíche salgado com doce, mais biscoito de gergelim e Cassia até se deu bem. Saímos para tentar encontrar o museu de arte de Guílin, não encontramos, mas fomos a Reed Flute cave (que apesar das luzes muito artificiais é um espetáculo a parte). Na volta uma voltinha num dos lagos e mais algumas fotos, além de um ensaio musical na beira do lago... Voltamos pro Hostel e jantamos no paraíso da pimenta (cardápio do dia noodle verde com pimenta vermelha, peixe frito e depois cozido num molho estranho com pimenta, peixe no espeto com muito curry e pimenta e abóbora frita, que alivio sem pimenta!). Viva a coca-cola!!! Noite quentinha no Hostel, teve karaoque e a Cassia fez o maior sucesso! Eu e Kaka terminamos a noite com 1 e meio China shot não sei que bebida era, acho que era a flutuante...
Dia 3 saímos cedo pra fazer o passeio no rio Li, muito bonito, mas o dia estava nublado e com isso as montanhas ficaram cobertas, mesmo assim algumas boas fotos. Descemos em Yangsu e andamos o comércio local, milhões de barraquinhas de artesanato, me perdi em bobaginhas (pequenas, mas muitas), estou, quase, ansiosa pelo próximo correio... Agora a mochila deu uma pesadinha. Jantar comida de rua: dumplings, Enroladinho de gosma com arroz e feijão na folha de bambu (zero tempero, nem pimenta) e pãozinho com creme doce de ovo no meio) acompanhado de coca-cola! Como foi impossível comer, no final pizzaria e uma quatro estacione acompanhada de um vinho alemão não sei que uva, com tampa de rosca!
D4: Enfim a cidade mostrou sua verdadeira face, choveu o dia inteiro e quando não chovia tínhamos que conviver com a "fog" (kkk), comprei mais uma sombrinha. Descobrimos onde era a o museu de arte e fomos até lá, programa pra dia de chuva. Acontece que o dito museu era na verdade uma galeria onde aconteciam algumas exposições e essas somente à noite, ou seja, visitamos mais uma lojinha de pinturas chinesas. Voltamos pro Hostel, dormimos na cama quentinha, fechamos as mochilas e descemos para tentar resolver mais algumas coisas que precisavamos de internet e aguardar a hora do vôo. No hostel estava acontecendo uma festa de dumplings (aprenda a fazer e coma) resolvemos parcialmente nossas pendências e enquanto isso... Cassia conheceu Jorge, um espanhol gatíssimo! Ela até desaprendeu de falar inglês na hora de conversar com ele, recebeu algumas dicas do Nepal e partiu sem dar o email para Jorge, bom ela foi embora e deixou o gato sem pelo pra trás.
Próximo destino o topo do mundo!
Bj, bj, bj! E até...
Fotos: pão de queijo e broa chineses, passeio no rio Li, bolinho de gosma e os dumplings na bandeja de bambu, eu e Kaka com o gato de pelo após os China-shots e a foto que parece flor de velório é o anuncio de uma liquidação na loja!

quarta-feira, 14 de março de 2012

Kk: Chengdu (China), 15 de março de 2012


Anotações da China completamente atrasadas! O tempo de escrever, de repente, desapareceu!

Resolvi pular tudo e, bola para frente. Depois eu volto e faço uma síntese. E, de qualquer forma, tem as postagens das meninas.

Aqui, quase duas da manhã e chegamos há pouco de Guilin. Amei aquela cidade que, de interior, não tem nada. Lá vivem, aproximadamente, 05 milhões de habitantes, contanto a população do ABC Guiliense! :-) A vida lá parece girar muito em torno da agricultura (principalmente arroz) e turismo. A região é lacustre e tem um dos grandes rios da China, o Rio Li - fizemos um passeio de barco, tipo o do São Francisco- lindo, lindo! A viagem de duas horas termina numa pequena cidade, Yangsu. O local é, basicamente, uma ruinha de comércio com alguns restaurantes, lojinhas e barraquinhas com aqueles "artesanatos" que você vê exatamente iguais em todas elas e em todas as cidades do país. No meio de tanta coisa igual, numa parte já menos turística, tropeçamos quase por acaso em um lugar que vendia roupas... tudo pintado à mão pela mocinha que nos atendeu e por seus irmãos. Não resisti. Aliás, Guilin e Yangsu foram um desafio para a mochila porque acabei comprando várias coisinhas e comprar era um verbo que eu não estava conjugando muito até então. Comprei umas telas, também. Mesmo assim, missão cumprida! Até hoje, só bagagem de mão!

Há, ainda, muitas montanhas, mas diferentes das nossas. Elas são de pedras, quase cilíndricas e não muito grandes. Visitamos, também, a Reed Flute Cave, uma gruta tipo a de Maquiné/MG. Engraçado porque eles puseram tanto néon colorido dentro que eu tinha certeza que estava entrando num cenário bem falso de cinema ou num parque temático qualquer. Ignorando as luzes, as formações rochosas são bem bonitas e o tamanho das galerias, impressionante!

Aproveitei e comi melhor. A alimentação lá é riquíssima em pescados e eu vinha comendo mal, com poucas proteínas, agora que dei mais um passinho para fora do onivorismo. Já não como carne vermelha há 02 anos e acabei de parar aves. Tudo leva muita pimenta!

Depois da câmera nova, acabei me descuidando das fotos para o blog, que são tiradas do Iphone para facilitar a postagem. Vou voltar a cuidar melhor disso.

A cidade em que estamos agora será apenas uma escala, antes do Nepal. Viajaremos agora de manhã cedo. Engraçado porque fizemos reserva numa guest house (tipo albergue/ quarto de hóspedes). Quando fizemos check-in, tinha mesmo cara de albergue. Aí, saímos seguindo nosso recepcionista e entramos no hotel enorme ao lado da portinha onde fomos recepcionados. O nosso recepcionista fez nosso check-in de novo, desta vez aqui no hotel e fomos encaminhadas para um quarto num prédio parecido com o anexo. Estranho... já até pagamos e a tarifa não tem nada a ver com atarefa do balcão do hotel. Tem todo o conforto aqui: telefone no quarto, tv, banheiro com banheira... Surpresa boa, para melhor! O nome da guest house é Sam's Guest House. O do hotel ainda não descobri.

Beijos que já passei muito da hora de dormir!

Até o Nepal!

Kk

Fotos:
. Passeio de barco no Rio Li
. Eu, Hell e um gato que arrumamos depois de uns China Shots no Hostel de Guilin
. Olha quem encontramos fazendo uma propagandinha básica no aeroporto de Guilin (mas a minha passagem não tinha! Snif)

Hell: Beijing segunda impressão...

Não sei muito bem como começar, se meus irmãos estivessem aqui diriam q devo começar pelo começo, pelo menos pra fazer sentido...
Então vamos lá, pelo começo. Na verdade não se trata de uma segunda impressão, mas sim de uma nova visão, é como se dessa vez eu tivesse realmente conhecido um pouco do que cidade tem a oferecer.
A primeira vinda a Beijing foi corrida e cheia de coisas para resolver (tudo bem que não conseguimos resolver nada) e rapidamente partimos para a geladeira... Dessa vez ao chegarmos nos deparamos com a necessidade de um taxi ate o hostel, após tentarem nos passar para trás, 400 yuan numa van sinistra e depois 600 yuan na outra, conseguimos um taxi pelo taxímetro e ficou quase o mesmo valor que as três passagens de trem, vale a pena o taxi, mas só se for pelo taxímetro. Como o hostel ficava num Hutong tradicional tivesmos que descer em uma avenida e entrar no beco a noite, sem placas (visíveis depois vi pequenas placas de indicação, mas a noite e no escuro...). Como a Ka tinha o nome do Hostel escrito em chinês um senhor nos indicou como chegar, mais uma vez viva o símbolo da hosteling international. No hostel já recebemos dicas e um mapa (é impressionante como um mapa passa a ser super importante quando se está num lugar onde não se conhece nada e ainda por cima se sente analfabeto), orientações de como ir a quase todos os locais e pessoas que falavam inglês compreensível.
Antes mesmo de chegarmos ao Hostel a Angela nos alcançou num dos bequinhos. Angela é a amiga chinesa que a Kaka fez no México. E saimos para jantar, prato do dia sopa, pimenta com peixe e com carne, acompanhada de arroz com abacaxi, fiquei no arroz e na sopa o restante só provei. Noite mal dormida no hostel gelado e com controle do ar condicionado em chinês, dormi debaixo do ededron dentro do saco de dormir.
Dia 2: Cidade proibida: fomos a pé do Hostel ate lá, afinal ela era nossa vizinha, cirundamos o parque, atravessamos uma avenida e lá estava um muro vermelho cercado por um lago, com torres de vigia e nossa não sei descrever em palavras. É fenomenal todos os halls e palácios estão sendo ou foram restaurados, mobílias e objetos de decoração originais em exposição. Tudo lá pra vermos. As cores, nossa as cores! Vermelhos, verdes, azuis e dourados, dragões dourados... Jantar no Hostel noodle soup e depois a opera de Pequim no teatro Lyan
Dia 3: dia gasto com compras as meninas tecno coisas e eu badulaques e lembrancinhas... A noite fomos convidadas para jantar com a Angela e alguns amigos, isso foi uma experiência a parte que fez de conhecer Beijing algo mais divertido, todos se atribuíram um nome em inglês, o que facilitou muito nossa vida! Recebemos dicas e todos estavam muito interessados no Brasil. Os sabores foram divinos dessa vez sem pimenta. Resultado voltamos tarde para o Hostel, mas dessa vez quarto quase quente (o povo esquece que ar quente sobe e frio desce, aí põe aquecedor quase no teto).
Dia 4: acordamos tarde, pra variar, e fomos para o Palácio de Verão, maravilhoso e se no inverno estava lindo imagino na primavera e no verão... Apesar de ser o palácio de verão, o imperador Qianlong construiu um longo corredor totalmente coberto e decorado para sua mãe poder passear nos jardins no inverno, só porque ela gostava de ver a neve no lago. Almoçamos noodle de potinho no palácio e tentamos jantar algo no hostel, mas a cozinha já estava fechada e a gente muito morta para sair de novo, comemos bobagens no quarto.
D5: Grande Muralha (Jingshaling) a primeira opção era um trecking até Simatai, mas estava fechado por ser inverno, praticamente só estávamos as 18 pessoas foram conosco no passeio, ótimo para fotografar. Ainda bem que não rolou o trecking pra Simatai, acho que desistia no meio do caminho. Jantar no hostel e fomos a um bar com a Ângela e seus amigos, cantamos algumas músicas, melhor Cassia cantou eu no máximo um backing vocal e Kaka batucou.
D6 (3em1): Templo Lama, lá as pessoas frequentam para orar até hoje, foi ótimo acompanhar os ritos. Eles oferecem incenso para Buda e queimam incenso na entrada dos templos. Escola de Confucio estava acontecendo uma exposição sobre a história dele e os ensinamentos de sua escola, acho que vou ler mais sobre esse senhor. E por último o Templo do ceu magnifico, vimos corais ensaiando e os locais sao amplos e muito bem decorados, esse templo na antiguidade era usado para sacrifícios por uma boa colheita. Foram tantos lugares lindos em pouco tempo, não vejo a hora de baixar as fotos da câmera e deixar o mundo aproveitar um pouquinho de que eu vi, soltar o mosquitinho viajador pra picar algumas pessoas...
Já começo a mudar de idéia sobre voltar à China, quem sabe na primavera ou outono? Começando por Moscou, fazendo a transiberiana... Bom esses são outros planos, pra outra época, outros tempos...
PS: dois pensamentos me acompanharam durante todo o tempo em que visitei os templos e palácios: 1)existe um corredor de vento que faz tudo ficar mais gelado assim que a gente entra no lugar e 2) como é que esse povo andava tanto com tanta roupa? Kkk comecei a divagar... Bjks e oi pro mundo
Legenda das fotos o prédio com leão é na Cidade Proibida, o leaozinho também, o escrito é da escola de Confúcio e a Muralha não preciso falar, né?!

Kk: UlaanBaatar (Mongólia), 03 e 04 de março de 2012


Parabéns pra Lêle, nesta data querida! Aehhhhh! Aniversário da querida Lelê no Brasil e é óbvio que fiz questão de ligar de madrugada e acordá-la só porque cheguei no dia 03 primeiro por estar do lado de cá.

Viagem Pequim/ UlaanBaatar tranquilinha. Fomos para o aeroporto de Pequim de metrô e trem, muito eficientes e fáceis. Deixei os livros da Índia no guarda-volumes do aeroporto porque ainda não consegui postar. O vôo era de umas duas horas só e fiquei com a janelinha fechada para facilitar a leitura no iPad. Quando esolvi dar uma espiadinha lá fora, a olhada já valeu a viagem ao lugar para depois de onde Judas perdeu as botas. A princípio, achei que estava sobrevoando as nuvens, mas ao passarem umas coisas pretinhas lá embaixo, desconfiei estar equivocada. Estava sobre o deserto de Gobi, completamente congelado- uma das paisagens mais lindas que já vi em toda a minha vida. Eram intermináveis montanhas, completamente brancas, muito ocasionalmente entrecortadas por uma estradinha preta.

Chegamos já completamente vestidas para o frio, que estava "bem brando": - 11oC. Fomos pegas no aeroporto pela gentil proprietária do Hostel LG Guest House. A paisagem natural linda, mas a cidade não pareceu muito bonita: ruas sujas, construções velhas e bem quadradas, sugerindo a antiga URSS, à qual a Mongólia pertenceu após domínio chinês. As montanhas... indescritíveis. Passamos por bovinos, todos de grande porte e com abundante pêlo. Nossa motorista nos informou que aproximadamente metade da população vive na capital (mais ou menos um milhão de habitantes). A principal atividade econômica são duas usinas de energia elétrica e, a base da alimentação, carne bovina e de carneiro. UlaanBaatar fica a uns 1.600m acima do mar e o ar é visivelmente poluído e seco.

A vizinhança do Hostel pareceu estranha, rua sem calçamento, muito lixo no chão e uma "casa de shows" logo ao lado. O cheiro também era bem estranho... parecido com o de gordura de carne cozinhando. As acomodações eram bem simples, mas grandes, limpas, confortáveis e quentinhas. Ficamos numa suíte com 02 beliches.

Logo de imediato, saímos para tentar comprar as passagens do trem. A viagem de 30 horas até Pequim seria no dia seguinte por dois motivos: só tem trem uma vez por semana e temíamos não tolerar o frio da cidade. A primeira voltinha na rua não foi das mais fáceis por causa do vento. Helen achou que ia perder a ponta do nariz, Cássia, as costas e eu, os dedos. Andamos no sentido errado e, ao acharmos o posto de venda dos tickets, já estava fechado. Vimos alguns bêbados. Apesar de quase ninguém falar inglês, a cordialidade é infinitamente maior que em Pequim e, de alguma forma, a comunicação se estabeleceu de maneira mais fácil. Pedimos informação na rua e fizemos uma pequena compra no supermercado sem o menor problema. A moeda local é o Tugriks e $785,70 dela eqüivalem a um real. Nossa compra ficou em $17,00 reais com: 03 águas de 1,5L, 03 barras grandes de chocolate com amendoim, uma caixa de suco de cramberry, 01 lata grande de cerveja e 03 cup noodles (ninguém estava animado a sair de noite para comer. Se antes de anoitecer já estava aquele frio...).

No final das contas, foi ótimo não irmos de trem porque ganhamos dois dias para visitar a cidade. Apesar do frio do primeiro dia, as roupas estavam bem adequadas. No dia seguinte (04/03), tomamos coragem e encaramos o clima. Tudo bem que deixamos para fazer isso a partir de meio dia, quando a temperatura estava mais amena. O café da manhã foi um dos melhores até hoje: café, pães, geléia, Nutela, margarina e ovo quentinho. Visitamos as principais atracões turísticas da cidade: um grande templo budista e uma praça. O frio nas mãos (eu estava com luva de couro por baixo e uma luva bem grossa da Columbia por cima) foi limitante. Impossível manejar a câmera fotográfica e, de tempos em tempos, entrávamos em alguma loja porque a temperatura fora era simplesmente impraticável para os dedos. Os meus trajes eram: um par de meias grossas, outro par grosso, que vai até o joelho, calça de segunda pele, outra calça peluda por dentro, blusa fininha com fio ionizado, segunda pele quente, blusa de Fleece, casaco até o joelho com recheio de pena e forro de pelinhos, com 02 capuzes incluídos, um de lã, cachecol e um gorro de algodão por debaixo dos capuzes.

Visitamos um lindo complexo de templos budistas e a praça principal da cidade. As pessoas na rua são lindas, principalmente as mulheres: elegantes, muitas maquiadas. Algumas vestidas em trajes típicos (mais os idosos, crianças e homens). No comércio, uma infinidade de lojas de eletrônicos. A maioria dos lugares é tipo entrada de banco no Brasil: uma porta com uma micro ante-sala e depois o estabelecimento propriamente dito. As avenidas são amplas e o tráfico, intenso. Sobrevivemos até melhor que esperávamos no frio: ficamos na rua até umas 19:00. Tudo bem que cheguei em casa com os cílios congelados...

Tomamos nossa cervejinha mongol (não é muito amarga) com amendoins de entrada e partimos pro amigo cup noodles. Hora de por a vida digital em dia e dormir.

Fotos (na ordem desordenada que o Blogger põe e não desta legenda):
- o gelinho nos meus cílios e na minha máscara.
- montanhas da Mongólia.
- nossa vizinhança/ visão da janela.
- café da manhã no Hostel
- meninas na porta do Hostel, na hora de ir embora
- compras do mercado

DICAS: roupas para o frio - nenhuma de nós nunca esquiou nem morou em países gelados, apesar de já termos visitado lugares com neve antes. Lemos muito a respeito de lugares assim e conversarmos com nativos do Canadá e de outros picolés por aí. As nossas dicas se baseiam nisso e na nossa experiência (pegamos até uns - 20oC). Ninguém economizou nos preparativos da viagem: eu comprei coisas em BH, como saco de dormir para zero graus) e deixamos as roupas para comprar onde se entende disso: fui no outlet da North Face de Santiago do Chile e, as meninas, no outlet da Columbia em Nova York. Comprarmos segundas peles, meias especiais, casacos de Fleece, impermeáveis e corta vento, além de luvas e gorros. No meu caso, usei tudo junto mas, o que fez diferença mesmo foi o casacão que comprei em Beijing (até agora não sei se foi em loja de departamento ou em algo tipo um Feira Shop), longo, talvez recheado de pena - tenho minhas dúvidas. Ele é bem grossinho, comprido (essencial para não resfriar a retaguarda) e tem 2 capuzes. Fazendo parceria na compra chinesa, uma calça que parece saruel, mas com pelinhos por dentro, que usei por cima da segunda pele. A calça e o casaco custaram R$ 60,00 cada. As luvas não foram suficientes (usei uma de couro por baixo e a da Columbia Omni-shield). Então, sugiro ter uma roupa de frio para chegar ao país e ir até a primeira loja local de agasalhos.

terça-feira, 13 de março de 2012

Kk: Beijing, 02 de março de 2012


Hoje acabamos saindo tarde do Hostel. Quase na hora do almoço. É que a gente tinha que organizar um pouco as coisas da bagagem, ver umas coisas de internet e tudo mais.

A primeira tarefa do dia foi tentar comprar a passagem de trem de volta da Mongólia (vamos para lá de avião amanhã). Andar de metrô aqui é bem fácil por ser bem sinalizado, além de ter escritos, também, no alfabeto romano. Tentamos comprar o ticket pela internet mas, o site não oferecia a opção de e-ticket e não tínhamos tempo para aguardar o delivery. O trem é operado por uma empresa russa, a Real Russian e o trechinho que queremos é o fim da transiberiana, o que dá umas 30 horas de viagem. Então, o plano inicial é chegar em UlaanBaatar amanhã à tarde e voltar no dia seguinte, de trem. Assim rapidinho mesmo porque está uns - 20oC (MENOS vinte, mesmo) e o nosso sangue tropical pode não sobreviver muito tempo por lá.

Tentamos, obviamente, na estação central de trem de Beijing. Bem grande, com apenas uma janelinha que fala (mais ou menos inglês). A moça disse que não era lá e sim em algum lugar de fora, na rua da frente, há uns 5 min a pé. Fomos demos uma volta na tal rua, nas laterais, no quarteirão. Nada. Achamos um Hostel com gente que falava inglês. Ninguém sabia. Achamos um posto internacional dos correios. Ninguém falava inglês. Com muito custo e um frio danado (0oC com vento e nevezinha de leve), achamos o tal lugar e um cartazinho dizendo que estava provisoriamente em outro local, que também não encontramos. Pedimos ajuda de uns guardinhas que não falavam inglês, mas viram a coto do cartaz e apontaram numa direção. Por fim, tentamos ligar e... adivinha? Não vendia o bilhete. Restou-nos deixar para comprar na Mongólia.

Com a tarde toda perdida e muito muito (Helén achou que ia perder a ponta do nariz e eu os dedos das mãos - apesar das megas luvas pra esse tempo mesmo). Acabamos nos refugiando num lugar que até agora não sabemos se era um shoppinhg ou loja de departamentos. Foi bom que acabei comprando mais uma calça, aveludada por dentro e um casacão, com dois gorros embutidos. Eu estava meio com medo dos menos 20... Passado o desconforto inicial da sensação de analfabetismo por não conseguirmos ler nada, misturada a uma sensação de deficiência de fala (quase um mutismo), começamos a nos virar bem na mímica, que passou a ser o meio de interação predominante para fins comerciais.

Num dos lugares mais populosos do mundo, imagine como é o metrô nos horários de pico. Isso também fez parte da nossa aventura e acabamos voltando para o Hostel de noitinha. Encontrarmos, na recepção, mais um brasileiro perdido e a prosa rendeu madrugada fora, com direito a cup noodles e a uma cerveja chinesa (que ficou mais para apreciação da Helenzita).

DICA: o trem da Mongólia para a China é operado por uma empresa que eu penso ser russa (mas é registrada na Inglaterra), a Real Russia. Esse trecho é o fim da transiberiana. Você pode comprar o bilhete pela internet, mas demora um tempo para chegar ou você tem que pegar em alguns postos (na Rússia). Há, ainda, um e-ticket. Com ele você só precisa do passaporte para embarcar. Não conseguimos comprar esse, não aparecia a opção no site. O trem é uma vez por semana e, na primeira e segunda classe, se você compra de 2 a 4 bilhetes, pode fechar a cabine.
O site é:
http://www.realrussia.co.uk/

segunda-feira, 12 de março de 2012

Cassia: Dia 26/02 A Origem I : Floripa-SP

Nossa!!!! Chegou o grande dia!!! Frio na barriga!!!
O dia começou cedinho para finalizar a arrumação da mochila. A princípio, não conseguia imaginar como seria viajar assim ( sempre viajei de mala mesmo para viagens curtas). Assim como as meninas optei pelas roupas técnicas ( passar 36 dias viajando com mochila..... Seria impossível sem esse tipo de roupa!!! Não consegui (obviamente) ser tão light na escolha da mochila como foi a Karine!!! Escolhi uma mochila cargueira 35+10!!!! Nela apenas algumas camisetas curtas e longas da solo, meias, conjunto de segunda pele, acessórios( gorro, luvas, cachecol), toalha dry lite, farmacinha básica e artigos de higiene!!! Os itens de maior poder térmico foram deixados para adquirir em NY. Ahhhh.... claro, e mais as roupas que enfrentariam a viagem já no corpo.
Mochila pronta, hora de ir para o aeroporto!!!! Achei engraçado quando já pronta para sair rumo ao aeroporto, minha irmã olhou para mim e disse: " Vais viajar assim??? " ( " o assim" era a minha pessoa vestindo camiseta, calça/ bermuda própria para trilhas/ aventura, tênis, nos braços um fleece e mochila) . Acredito que ela deve ter pensado algo do tipo - Cadê o glamour de uma viagem internacional??? Olhei sorrindo para ela e disse: " Tô indo para a guerra mesmo!!!"
Vôo marcado para 15:30hs!!! Saída de casa ao meio dia( sabe como é....... Jogo do avaí no estádio da ressacada!!!) mas acabei não pegando trânsito e cheguei cedo. Organizei minha mochila acreditando que conseguiria passá-la como bagagem de mão.... Porém não foi o que aconteceu....fiquei decepcionada quando disseram que teria que despachá-la!!! Pesou 7,8 kg!!!
Chegar cedo = garantir a partida!!! Mas o vôo sempre pode atrasar!!!! E ...... foi o que aconteceu!!!! Atraso de 1 hora!!!! Chegada tranqüila em Guarulhos!!!!
Bom, fiquei esperando notícias da Helenzita que me encontraria em Guarulhos para seguirmos juntas para NY!!!!!
Primeira etapa cansativa porém cumprida com êxito!!!! Rsrsrsrs

Continua..........


Kk: Beijing, 01 de março de 2012

Lembrando aos navegantes: devido a restrições governísticas locais, não consigo acessar o blog, YouTube ou facebook. Consigo postar indiretamente, através de um aplicativo para o iPad, mas não consigo ver os comentários. Também posto algumas fotos no facebook usando o mesmo recurso...


Depois de um dia e meio de viagem, cheguei a Pequim. Transcorreu tudo muito bem na vinda e a única coisa que não foi lá essas coisas foi o vôo da India Airways. Se tem um item ausente nos aviões deles, com certeza esse item é o ar condicionado. A aeronave estava muito abafada, além de suja. As poltronas, as mesinhas de refeição... Eca!

Cheguei à China com atraso de 2 horas e, apesar de parecer que eu estava carregando o mundo nas costas, a mochila continua brilhando na bagagem de mão. Comprei uns 6 livros de Yoga no Ashram muitíssimo baratinhos por causa do câmbio e ganhei muitas coisas (o Ashram dá presentes tipo livros, CD e cachecol). Tudo isso pesou bastante e fui para o aeroporto já com espírito preparado para despachar a bagagem, imaginando um grande rigor da Air China com o peso. No check in, fiz cara de quem carregava uma pluma e soltei "just carry on luggage" (apenas bagagem de mão) e não é que colou? Não postei as coisas na Índia porque a biboquinha com placa de correio não tinha caixas para eu as embalar.

O aeroporto de Pequim venceu até agora em todos os aspectos: limpeza, organização, rapidez, tecnologia, tamanho... Fiquei muito admirada, ainda mais sendo alguém desembarcando da India, onde o cenário é tão o oposto. A quantidade de água dentro do vaso sanitário era maior do que a que gastava num banho inteiro no Ashram. Já na saída do desembarque internacional as meninas (Hélen e Cássia) encontraram-me e agora a viagem terá outra cor! Fiquei muito feliz de estarmos juntas! Almoçamos por lá mesmo e o tão popular comentário de que quase ninguém fala inglês por aqui já deu seus primeiros sinais de veracidade: no restaurante do aeroporto INTERNACIONAL, tivemos que pedir os pratos e a conta gesticulando. Resolvemos pela economia e por um certo grau de aventura e encaremos trem + metrô para o Hostel. Não foi muito difícil porque já tínhamos as coordenadas e os nomes das estações estavam escritas, também, no nosso alfabeto. Chegamos direitinho ao Hostel* e fomos surpreendidas: a coisa era um ex-Hostel, em obras. O moço que nos atendeu (desta vez, em inglês) explicou que o governo resolveu fazer uma reforma lá. Com isso, todas as reservas haviam sido remanejadas para outro Hostel. Ele disse ter avisado por email. Mas havia um pequeno detalhe: a reserva estava em meu nome e há 15 dias não tenho acesso a internet (hoje, inclusive, continuo sem). Lá fomos nos pro outro lugar indicado.

Como iria anoitecer cedo, estava muito frio (uns zero graus), o peso das bagagens e a vontade de ir ao banheiro já estavam incomodando e caía uma garoinha, optamos por tomar um táxi. Tínhamos um cartão com endereço e mapa da nova hospedagem e um escrito em chinês "por favor, leve-me a este endereço". Paramos um taxi e ele se recusou!! Pelos gestos dele, supus que o motivo da negativa era a curta distância da corrida. Voltamos pro metrô, passamos as mochilas pelo RX (no metrô aqui é assim: tipo aeroporto) e seguimos. Acontece que, já dentro do vagão, vimos que a cor da estação que queríamos estava verde e todas as subseqüentes também*. Pensamos estar indo na direção errada. Descemos. Voltamos. Percebemos que a primeira direção era a correta. Descemos e voltamos de novo. Isso tudo no pico do movimento de um dos lugares mais populosos da face da terra e nós três de mochilão. Baldeamos para a outra linha e chegamos, enfim.

O Hostel é bem bonitinho e as camas muito confortáveis. O quarto é de 3 beliches e misto (além de nós tem uma moça não me recordo de onde e um australiano). Uma pena, mas aqui não há aqueles tours gratuitos ds outrs hostels. O café da manhã também não está incluído. Saímos ara comer e... adivinhe!! Comunicação impossível. O restaurante em que estávamos até tinha um menu mais ou menos em inglês, mas sem o tamanho e o preço das coisas e um outro com fotos, mas escrito em chinês. Escolhemos tentando usar os dois. O problemas são as restrições: Cássia não pode com camarão e eu, que já não comia carne vermelha, estou parando com aves. Conclusão: a minha bebida foi leite de côco e a das meninas, um pet de quase dois litros de suco de laranja - tudo meio quente. O prato foi uns muitos litros de sopa que supomos ser de tofu, ovo, alga, bambu e preferimos comer sem ficar pensando nos demais ingredientes. Cássia praticamente nem comeu. Depois, pedimos uns palitinhos fritos (achamos que de alguma massinha) muito engordurados, envoltos numa calda doce.

Comemos. Pedimos a conta gesticulando e a moça escreveu os números num pedacinho de papel: uns ¥55,00 (um pouco mais de 11,00 (AO TODO). Como nenhuma de nós lembrava de ter lido algo sobre gorjeta, deixamos uns 10%. A garçonete não entendeu, ficou vermelhinha, levou o dinheiro para o caixa e eles vieram atrás da gente já na porta da rua para devolver. Acho que, sem querer, cometemos uma gafe. Chamou a atenção o tanto que as pessoas aqui fumam durante a refeição e, ainda por cima, dentro do restaurante e jogam as cinzas, com os cigarros e tudo mais n chão! No caminho de volta, paramos numa loja de conveniência. Compramos batatas, água (parecia ser), castanhas, floquinhos de côco e chocolate. A prateleira de castanhas e coisas tipo chips tinha umas peculiaridades como dedos de frango com unha e tudo! :-P Deu até calafrio de ver.

Já estou com saudades do Ashram com a sua comidinha e das celebrações noturnas. Senti muita falta mesmo dos cantos com a energia que trazem. Tenho livro com alguns cantos, mas como não sei a pronúncia e o quarto é coletivo, não vai rolar. Não vejo a hora de conectar à internet e baixar uns.

Dicas:
* o primeiro Hostel (o da reforma) é o Peking Youth Hostel. O segundo, o que ficamos ao final das contas, foi o Peking Yard Hostel
- ir de trem e metrô para a cidade foi fácil e bem em conta: ¥25,00 o primeiro e ¥2,00 o segundo. Você compra o ticket e pega o trem dentro do aeroporto mesmo e com isso evita os congestionamentos. Acho que gastamos umas meia hora na viagem. Na última estação do trem, você já compra o cartão do metrô e embarca. Nas máquinas dos bilhetes, há opção de menu em inglês (algumas aceitam até notas de ¥100,00 e cartões/ tem caixa eletrônico do HSBC no aeroporto). Você ainda (isso não é em toda estação) pode comprar o bilhete no caixa - não precisar falar nenhuma língua: mostre com o dedo o número de bilhetes que você quer para a atendente e o valor aparece na máquina registradora do caixa.
- não jogue fora o cartão de embarque do metrô porque você precisa passá-lo na catraca para sair.

Fotos: a ordem que serão publicadas dependerá do humor do blog hoje.
. Trem de transporte entre os terminais do aeroporto de Pequim
. Coisas da prateleira de "chips" da China. Sim, isso são pedaços de frango meio crus. Sim, eles comem assim e tem, ainda, pacotinhos de patas de galinha.
. Hall do primeiro Hostel da China
. Primeiro de jantar de Pequim. Sopa de... é... ainda não sabemos!