Mostrando postagens com marcador Round the world. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Round the world. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 20 de março de 2012

Kk: Goreme, Turkia, 21 de março de 2012 ou Quando uma imagem vale mais que mil palavras...


Queridos, fiquei muito feliz em vê-los por aqui durante esta viagem! Cada comentário, cada visualização... Foram muitas, as deliciosas e constantes presenças, como Nathayl, Ana Paula, Fábio, Carol e da Cla (com as melhores dicas do mundo! :-)

Peço desculpas pela irregularidade das últimas postagens e, a partir de hoje, vou substituir os escritos pelas imagens. Há quem acredite que uma imagem valha mais que mil palavras... Eu sou do time dos amantes das palavras. Mas é que a companhia física de um amigo, de um amor, valem ainda mais que todas as palavras escritas do mundo. Ainda mais se são pessoas queridas que topam a empreitada de encarar uma grande viagem com você, para locais e culturas completamente diferentes.

Assim... minha viagem de viajar nos lugares e na minha relação com eles e comigo mesma e o registro por extenso) aqui, chegou ao fim (mas não se preocupem porque as meninas, principalmente os dedinhos nervosos da Hell escrevendo tudo no iPhone, continuarão postando.

Vou postar as imagens e viajar nas pessoas que estão ao meu lado e na minha relação com elas. Uma vez, lendo sobre o amor (livro Eros e Pathos - Aldo Carotenuto - acho que, sociólogo italiano) deparei-me com a afirmação de que nos conhecemos de verdade quando estamos em íntima relação com o outro, quando passa a fase inicial de encantamento e nos deparamos com a o real desse outro... Viagens, enfim!

Continuemos?

Beijos púdicos da Turkia!
Kk

Ps: entre o último post meu e este, passei pelo Nepal (Kathmandu, na cordilheira do Himalaia, incluindo ver nascer do sol de longe, passando pela pontinha do Everest, escala na Thailândia (Bangkok), Istambul (Turkia) e ainda estou neste país, na cidade de Goreme, num hotel dentro da pedra! :)

quarta-feira, 14 de março de 2012

Kk: Chengdu (China), 15 de março de 2012


Anotações da China completamente atrasadas! O tempo de escrever, de repente, desapareceu!

Resolvi pular tudo e, bola para frente. Depois eu volto e faço uma síntese. E, de qualquer forma, tem as postagens das meninas.

Aqui, quase duas da manhã e chegamos há pouco de Guilin. Amei aquela cidade que, de interior, não tem nada. Lá vivem, aproximadamente, 05 milhões de habitantes, contanto a população do ABC Guiliense! :-) A vida lá parece girar muito em torno da agricultura (principalmente arroz) e turismo. A região é lacustre e tem um dos grandes rios da China, o Rio Li - fizemos um passeio de barco, tipo o do São Francisco- lindo, lindo! A viagem de duas horas termina numa pequena cidade, Yangsu. O local é, basicamente, uma ruinha de comércio com alguns restaurantes, lojinhas e barraquinhas com aqueles "artesanatos" que você vê exatamente iguais em todas elas e em todas as cidades do país. No meio de tanta coisa igual, numa parte já menos turística, tropeçamos quase por acaso em um lugar que vendia roupas... tudo pintado à mão pela mocinha que nos atendeu e por seus irmãos. Não resisti. Aliás, Guilin e Yangsu foram um desafio para a mochila porque acabei comprando várias coisinhas e comprar era um verbo que eu não estava conjugando muito até então. Comprei umas telas, também. Mesmo assim, missão cumprida! Até hoje, só bagagem de mão!

Há, ainda, muitas montanhas, mas diferentes das nossas. Elas são de pedras, quase cilíndricas e não muito grandes. Visitamos, também, a Reed Flute Cave, uma gruta tipo a de Maquiné/MG. Engraçado porque eles puseram tanto néon colorido dentro que eu tinha certeza que estava entrando num cenário bem falso de cinema ou num parque temático qualquer. Ignorando as luzes, as formações rochosas são bem bonitas e o tamanho das galerias, impressionante!

Aproveitei e comi melhor. A alimentação lá é riquíssima em pescados e eu vinha comendo mal, com poucas proteínas, agora que dei mais um passinho para fora do onivorismo. Já não como carne vermelha há 02 anos e acabei de parar aves. Tudo leva muita pimenta!

Depois da câmera nova, acabei me descuidando das fotos para o blog, que são tiradas do Iphone para facilitar a postagem. Vou voltar a cuidar melhor disso.

A cidade em que estamos agora será apenas uma escala, antes do Nepal. Viajaremos agora de manhã cedo. Engraçado porque fizemos reserva numa guest house (tipo albergue/ quarto de hóspedes). Quando fizemos check-in, tinha mesmo cara de albergue. Aí, saímos seguindo nosso recepcionista e entramos no hotel enorme ao lado da portinha onde fomos recepcionados. O nosso recepcionista fez nosso check-in de novo, desta vez aqui no hotel e fomos encaminhadas para um quarto num prédio parecido com o anexo. Estranho... já até pagamos e a tarifa não tem nada a ver com atarefa do balcão do hotel. Tem todo o conforto aqui: telefone no quarto, tv, banheiro com banheira... Surpresa boa, para melhor! O nome da guest house é Sam's Guest House. O do hotel ainda não descobri.

Beijos que já passei muito da hora de dormir!

Até o Nepal!

Kk

Fotos:
. Passeio de barco no Rio Li
. Eu, Hell e um gato que arrumamos depois de uns China Shots no Hostel de Guilin
. Olha quem encontramos fazendo uma propagandinha básica no aeroporto de Guilin (mas a minha passagem não tinha! Snif)

Kk: UlaanBaatar (Mongólia), 03 e 04 de março de 2012


Parabéns pra Lêle, nesta data querida! Aehhhhh! Aniversário da querida Lelê no Brasil e é óbvio que fiz questão de ligar de madrugada e acordá-la só porque cheguei no dia 03 primeiro por estar do lado de cá.

Viagem Pequim/ UlaanBaatar tranquilinha. Fomos para o aeroporto de Pequim de metrô e trem, muito eficientes e fáceis. Deixei os livros da Índia no guarda-volumes do aeroporto porque ainda não consegui postar. O vôo era de umas duas horas só e fiquei com a janelinha fechada para facilitar a leitura no iPad. Quando esolvi dar uma espiadinha lá fora, a olhada já valeu a viagem ao lugar para depois de onde Judas perdeu as botas. A princípio, achei que estava sobrevoando as nuvens, mas ao passarem umas coisas pretinhas lá embaixo, desconfiei estar equivocada. Estava sobre o deserto de Gobi, completamente congelado- uma das paisagens mais lindas que já vi em toda a minha vida. Eram intermináveis montanhas, completamente brancas, muito ocasionalmente entrecortadas por uma estradinha preta.

Chegamos já completamente vestidas para o frio, que estava "bem brando": - 11oC. Fomos pegas no aeroporto pela gentil proprietária do Hostel LG Guest House. A paisagem natural linda, mas a cidade não pareceu muito bonita: ruas sujas, construções velhas e bem quadradas, sugerindo a antiga URSS, à qual a Mongólia pertenceu após domínio chinês. As montanhas... indescritíveis. Passamos por bovinos, todos de grande porte e com abundante pêlo. Nossa motorista nos informou que aproximadamente metade da população vive na capital (mais ou menos um milhão de habitantes). A principal atividade econômica são duas usinas de energia elétrica e, a base da alimentação, carne bovina e de carneiro. UlaanBaatar fica a uns 1.600m acima do mar e o ar é visivelmente poluído e seco.

A vizinhança do Hostel pareceu estranha, rua sem calçamento, muito lixo no chão e uma "casa de shows" logo ao lado. O cheiro também era bem estranho... parecido com o de gordura de carne cozinhando. As acomodações eram bem simples, mas grandes, limpas, confortáveis e quentinhas. Ficamos numa suíte com 02 beliches.

Logo de imediato, saímos para tentar comprar as passagens do trem. A viagem de 30 horas até Pequim seria no dia seguinte por dois motivos: só tem trem uma vez por semana e temíamos não tolerar o frio da cidade. A primeira voltinha na rua não foi das mais fáceis por causa do vento. Helen achou que ia perder a ponta do nariz, Cássia, as costas e eu, os dedos. Andamos no sentido errado e, ao acharmos o posto de venda dos tickets, já estava fechado. Vimos alguns bêbados. Apesar de quase ninguém falar inglês, a cordialidade é infinitamente maior que em Pequim e, de alguma forma, a comunicação se estabeleceu de maneira mais fácil. Pedimos informação na rua e fizemos uma pequena compra no supermercado sem o menor problema. A moeda local é o Tugriks e $785,70 dela eqüivalem a um real. Nossa compra ficou em $17,00 reais com: 03 águas de 1,5L, 03 barras grandes de chocolate com amendoim, uma caixa de suco de cramberry, 01 lata grande de cerveja e 03 cup noodles (ninguém estava animado a sair de noite para comer. Se antes de anoitecer já estava aquele frio...).

No final das contas, foi ótimo não irmos de trem porque ganhamos dois dias para visitar a cidade. Apesar do frio do primeiro dia, as roupas estavam bem adequadas. No dia seguinte (04/03), tomamos coragem e encaramos o clima. Tudo bem que deixamos para fazer isso a partir de meio dia, quando a temperatura estava mais amena. O café da manhã foi um dos melhores até hoje: café, pães, geléia, Nutela, margarina e ovo quentinho. Visitamos as principais atracões turísticas da cidade: um grande templo budista e uma praça. O frio nas mãos (eu estava com luva de couro por baixo e uma luva bem grossa da Columbia por cima) foi limitante. Impossível manejar a câmera fotográfica e, de tempos em tempos, entrávamos em alguma loja porque a temperatura fora era simplesmente impraticável para os dedos. Os meus trajes eram: um par de meias grossas, outro par grosso, que vai até o joelho, calça de segunda pele, outra calça peluda por dentro, blusa fininha com fio ionizado, segunda pele quente, blusa de Fleece, casaco até o joelho com recheio de pena e forro de pelinhos, com 02 capuzes incluídos, um de lã, cachecol e um gorro de algodão por debaixo dos capuzes.

Visitamos um lindo complexo de templos budistas e a praça principal da cidade. As pessoas na rua são lindas, principalmente as mulheres: elegantes, muitas maquiadas. Algumas vestidas em trajes típicos (mais os idosos, crianças e homens). No comércio, uma infinidade de lojas de eletrônicos. A maioria dos lugares é tipo entrada de banco no Brasil: uma porta com uma micro ante-sala e depois o estabelecimento propriamente dito. As avenidas são amplas e o tráfico, intenso. Sobrevivemos até melhor que esperávamos no frio: ficamos na rua até umas 19:00. Tudo bem que cheguei em casa com os cílios congelados...

Tomamos nossa cervejinha mongol (não é muito amarga) com amendoins de entrada e partimos pro amigo cup noodles. Hora de por a vida digital em dia e dormir.

Fotos (na ordem desordenada que o Blogger põe e não desta legenda):
- o gelinho nos meus cílios e na minha máscara.
- montanhas da Mongólia.
- nossa vizinhança/ visão da janela.
- café da manhã no Hostel
- meninas na porta do Hostel, na hora de ir embora
- compras do mercado

DICAS: roupas para o frio - nenhuma de nós nunca esquiou nem morou em países gelados, apesar de já termos visitado lugares com neve antes. Lemos muito a respeito de lugares assim e conversarmos com nativos do Canadá e de outros picolés por aí. As nossas dicas se baseiam nisso e na nossa experiência (pegamos até uns - 20oC). Ninguém economizou nos preparativos da viagem: eu comprei coisas em BH, como saco de dormir para zero graus) e deixamos as roupas para comprar onde se entende disso: fui no outlet da North Face de Santiago do Chile e, as meninas, no outlet da Columbia em Nova York. Comprarmos segundas peles, meias especiais, casacos de Fleece, impermeáveis e corta vento, além de luvas e gorros. No meu caso, usei tudo junto mas, o que fez diferença mesmo foi o casacão que comprei em Beijing (até agora não sei se foi em loja de departamento ou em algo tipo um Feira Shop), longo, talvez recheado de pena - tenho minhas dúvidas. Ele é bem grossinho, comprido (essencial para não resfriar a retaguarda) e tem 2 capuzes. Fazendo parceria na compra chinesa, uma calça que parece saruel, mas com pelinhos por dentro, que usei por cima da segunda pele. A calça e o casaco custaram R$ 60,00 cada. As luvas não foram suficientes (usei uma de couro por baixo e a da Columbia Omni-shield). Então, sugiro ter uma roupa de frio para chegar ao país e ir até a primeira loja local de agasalhos.

terça-feira, 13 de março de 2012

Kk: Beijing, 02 de março de 2012


Hoje acabamos saindo tarde do Hostel. Quase na hora do almoço. É que a gente tinha que organizar um pouco as coisas da bagagem, ver umas coisas de internet e tudo mais.

A primeira tarefa do dia foi tentar comprar a passagem de trem de volta da Mongólia (vamos para lá de avião amanhã). Andar de metrô aqui é bem fácil por ser bem sinalizado, além de ter escritos, também, no alfabeto romano. Tentamos comprar o ticket pela internet mas, o site não oferecia a opção de e-ticket e não tínhamos tempo para aguardar o delivery. O trem é operado por uma empresa russa, a Real Russian e o trechinho que queremos é o fim da transiberiana, o que dá umas 30 horas de viagem. Então, o plano inicial é chegar em UlaanBaatar amanhã à tarde e voltar no dia seguinte, de trem. Assim rapidinho mesmo porque está uns - 20oC (MENOS vinte, mesmo) e o nosso sangue tropical pode não sobreviver muito tempo por lá.

Tentamos, obviamente, na estação central de trem de Beijing. Bem grande, com apenas uma janelinha que fala (mais ou menos inglês). A moça disse que não era lá e sim em algum lugar de fora, na rua da frente, há uns 5 min a pé. Fomos demos uma volta na tal rua, nas laterais, no quarteirão. Nada. Achamos um Hostel com gente que falava inglês. Ninguém sabia. Achamos um posto internacional dos correios. Ninguém falava inglês. Com muito custo e um frio danado (0oC com vento e nevezinha de leve), achamos o tal lugar e um cartazinho dizendo que estava provisoriamente em outro local, que também não encontramos. Pedimos ajuda de uns guardinhas que não falavam inglês, mas viram a coto do cartaz e apontaram numa direção. Por fim, tentamos ligar e... adivinha? Não vendia o bilhete. Restou-nos deixar para comprar na Mongólia.

Com a tarde toda perdida e muito muito (Helén achou que ia perder a ponta do nariz e eu os dedos das mãos - apesar das megas luvas pra esse tempo mesmo). Acabamos nos refugiando num lugar que até agora não sabemos se era um shoppinhg ou loja de departamentos. Foi bom que acabei comprando mais uma calça, aveludada por dentro e um casacão, com dois gorros embutidos. Eu estava meio com medo dos menos 20... Passado o desconforto inicial da sensação de analfabetismo por não conseguirmos ler nada, misturada a uma sensação de deficiência de fala (quase um mutismo), começamos a nos virar bem na mímica, que passou a ser o meio de interação predominante para fins comerciais.

Num dos lugares mais populosos do mundo, imagine como é o metrô nos horários de pico. Isso também fez parte da nossa aventura e acabamos voltando para o Hostel de noitinha. Encontrarmos, na recepção, mais um brasileiro perdido e a prosa rendeu madrugada fora, com direito a cup noodles e a uma cerveja chinesa (que ficou mais para apreciação da Helenzita).

DICA: o trem da Mongólia para a China é operado por uma empresa que eu penso ser russa (mas é registrada na Inglaterra), a Real Russia. Esse trecho é o fim da transiberiana. Você pode comprar o bilhete pela internet, mas demora um tempo para chegar ou você tem que pegar em alguns postos (na Rússia). Há, ainda, um e-ticket. Com ele você só precisa do passaporte para embarcar. Não conseguimos comprar esse, não aparecia a opção no site. O trem é uma vez por semana e, na primeira e segunda classe, se você compra de 2 a 4 bilhetes, pode fechar a cabine.
O site é:
http://www.realrussia.co.uk/

segunda-feira, 12 de março de 2012

Kk: Beijing, 01 de março de 2012

Lembrando aos navegantes: devido a restrições governísticas locais, não consigo acessar o blog, YouTube ou facebook. Consigo postar indiretamente, através de um aplicativo para o iPad, mas não consigo ver os comentários. Também posto algumas fotos no facebook usando o mesmo recurso...


Depois de um dia e meio de viagem, cheguei a Pequim. Transcorreu tudo muito bem na vinda e a única coisa que não foi lá essas coisas foi o vôo da India Airways. Se tem um item ausente nos aviões deles, com certeza esse item é o ar condicionado. A aeronave estava muito abafada, além de suja. As poltronas, as mesinhas de refeição... Eca!

Cheguei à China com atraso de 2 horas e, apesar de parecer que eu estava carregando o mundo nas costas, a mochila continua brilhando na bagagem de mão. Comprei uns 6 livros de Yoga no Ashram muitíssimo baratinhos por causa do câmbio e ganhei muitas coisas (o Ashram dá presentes tipo livros, CD e cachecol). Tudo isso pesou bastante e fui para o aeroporto já com espírito preparado para despachar a bagagem, imaginando um grande rigor da Air China com o peso. No check in, fiz cara de quem carregava uma pluma e soltei "just carry on luggage" (apenas bagagem de mão) e não é que colou? Não postei as coisas na Índia porque a biboquinha com placa de correio não tinha caixas para eu as embalar.

O aeroporto de Pequim venceu até agora em todos os aspectos: limpeza, organização, rapidez, tecnologia, tamanho... Fiquei muito admirada, ainda mais sendo alguém desembarcando da India, onde o cenário é tão o oposto. A quantidade de água dentro do vaso sanitário era maior do que a que gastava num banho inteiro no Ashram. Já na saída do desembarque internacional as meninas (Hélen e Cássia) encontraram-me e agora a viagem terá outra cor! Fiquei muito feliz de estarmos juntas! Almoçamos por lá mesmo e o tão popular comentário de que quase ninguém fala inglês por aqui já deu seus primeiros sinais de veracidade: no restaurante do aeroporto INTERNACIONAL, tivemos que pedir os pratos e a conta gesticulando. Resolvemos pela economia e por um certo grau de aventura e encaremos trem + metrô para o Hostel. Não foi muito difícil porque já tínhamos as coordenadas e os nomes das estações estavam escritas, também, no nosso alfabeto. Chegamos direitinho ao Hostel* e fomos surpreendidas: a coisa era um ex-Hostel, em obras. O moço que nos atendeu (desta vez, em inglês) explicou que o governo resolveu fazer uma reforma lá. Com isso, todas as reservas haviam sido remanejadas para outro Hostel. Ele disse ter avisado por email. Mas havia um pequeno detalhe: a reserva estava em meu nome e há 15 dias não tenho acesso a internet (hoje, inclusive, continuo sem). Lá fomos nos pro outro lugar indicado.

Como iria anoitecer cedo, estava muito frio (uns zero graus), o peso das bagagens e a vontade de ir ao banheiro já estavam incomodando e caía uma garoinha, optamos por tomar um táxi. Tínhamos um cartão com endereço e mapa da nova hospedagem e um escrito em chinês "por favor, leve-me a este endereço". Paramos um taxi e ele se recusou!! Pelos gestos dele, supus que o motivo da negativa era a curta distância da corrida. Voltamos pro metrô, passamos as mochilas pelo RX (no metrô aqui é assim: tipo aeroporto) e seguimos. Acontece que, já dentro do vagão, vimos que a cor da estação que queríamos estava verde e todas as subseqüentes também*. Pensamos estar indo na direção errada. Descemos. Voltamos. Percebemos que a primeira direção era a correta. Descemos e voltamos de novo. Isso tudo no pico do movimento de um dos lugares mais populosos da face da terra e nós três de mochilão. Baldeamos para a outra linha e chegamos, enfim.

O Hostel é bem bonitinho e as camas muito confortáveis. O quarto é de 3 beliches e misto (além de nós tem uma moça não me recordo de onde e um australiano). Uma pena, mas aqui não há aqueles tours gratuitos ds outrs hostels. O café da manhã também não está incluído. Saímos ara comer e... adivinhe!! Comunicação impossível. O restaurante em que estávamos até tinha um menu mais ou menos em inglês, mas sem o tamanho e o preço das coisas e um outro com fotos, mas escrito em chinês. Escolhemos tentando usar os dois. O problemas são as restrições: Cássia não pode com camarão e eu, que já não comia carne vermelha, estou parando com aves. Conclusão: a minha bebida foi leite de côco e a das meninas, um pet de quase dois litros de suco de laranja - tudo meio quente. O prato foi uns muitos litros de sopa que supomos ser de tofu, ovo, alga, bambu e preferimos comer sem ficar pensando nos demais ingredientes. Cássia praticamente nem comeu. Depois, pedimos uns palitinhos fritos (achamos que de alguma massinha) muito engordurados, envoltos numa calda doce.

Comemos. Pedimos a conta gesticulando e a moça escreveu os números num pedacinho de papel: uns ¥55,00 (um pouco mais de 11,00 (AO TODO). Como nenhuma de nós lembrava de ter lido algo sobre gorjeta, deixamos uns 10%. A garçonete não entendeu, ficou vermelhinha, levou o dinheiro para o caixa e eles vieram atrás da gente já na porta da rua para devolver. Acho que, sem querer, cometemos uma gafe. Chamou a atenção o tanto que as pessoas aqui fumam durante a refeição e, ainda por cima, dentro do restaurante e jogam as cinzas, com os cigarros e tudo mais n chão! No caminho de volta, paramos numa loja de conveniência. Compramos batatas, água (parecia ser), castanhas, floquinhos de côco e chocolate. A prateleira de castanhas e coisas tipo chips tinha umas peculiaridades como dedos de frango com unha e tudo! :-P Deu até calafrio de ver.

Já estou com saudades do Ashram com a sua comidinha e das celebrações noturnas. Senti muita falta mesmo dos cantos com a energia que trazem. Tenho livro com alguns cantos, mas como não sei a pronúncia e o quarto é coletivo, não vai rolar. Não vejo a hora de conectar à internet e baixar uns.

Dicas:
* o primeiro Hostel (o da reforma) é o Peking Youth Hostel. O segundo, o que ficamos ao final das contas, foi o Peking Yard Hostel
- ir de trem e metrô para a cidade foi fácil e bem em conta: ¥25,00 o primeiro e ¥2,00 o segundo. Você compra o ticket e pega o trem dentro do aeroporto mesmo e com isso evita os congestionamentos. Acho que gastamos umas meia hora na viagem. Na última estação do trem, você já compra o cartão do metrô e embarca. Nas máquinas dos bilhetes, há opção de menu em inglês (algumas aceitam até notas de ¥100,00 e cartões/ tem caixa eletrônico do HSBC no aeroporto). Você ainda (isso não é em toda estação) pode comprar o bilhete no caixa - não precisar falar nenhuma língua: mostre com o dedo o número de bilhetes que você quer para a atendente e o valor aparece na máquina registradora do caixa.
- não jogue fora o cartão de embarque do metrô porque você precisa passá-lo na catraca para sair.

Fotos: a ordem que serão publicadas dependerá do humor do blog hoje.
. Trem de transporte entre os terminais do aeroporto de Pequim
. Coisas da prateleira de "chips" da China. Sim, isso são pedaços de frango meio crus. Sim, eles comem assim e tem, ainda, pacotinhos de patas de galinha.
. Hall do primeiro Hostel da China
. Primeiro de jantar de Pequim. Sopa de... é... ainda não sabemos!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

STARTING DE JOURNEY... (english version specially for Kamila)

Dear friends,

In the next 2 months I'm gonna be out of Brazil to "take a round", literally. I'm gonna make the Round World Trip, as known as Round Trip. I'm gonna leave in fev/02 and I'll keep in touch right here.

The life is already a challenge and, as I love adrenalin (to give lots of white hair to my dad), I create others. One of them was this crazzy round trip and with just 2 months to organize things. But life urges and, for that... let's go!

I learned, in a thousand blogs from travelling lovers, many things during this time and I intend to share these knowledge here. I will also do it in my Facebook profile:

Trip tips and English lessons are welcome!

My destination: Chile - Mexico - Cuba - United States - Thailand - India - China - Mongolia - Nepal - Turkey and Morocco.

My luggage? Just a 30L backpack (a little bit bigger than that used for going to school)!

My company: in the first month: me, myself without Irene and without Luisa (she is in Canada*) and I'm not gonna go there**. :-P In the second month, my dear friends Helen Monteiro and Cassia Elena are gonna be by my side. For the last 15 days, other very specially people will join us: 2 pediatricians and one artist ;)

So... let's go because the world is a big place and the round isn't a small thing!


* the expression Luisa is in Canada is a kind of joke in Brazil these days because it was said in a apartments add. A man shows the apartment and says as this is an important thing, he will also introduce his family in the add, except his daugther Luisa because "she was in Canada".

** in my first plan, I would go to Canada in a flight connection, but I should have a transit visa. But the canadian visa is too much expensive and takes lots of time to take it (20 days) - too much time for someone that has just 60 days to organize things. Anyway, it would be a strange connection because I was going from Santiago/ Chile to Mexico City through Canada because the round trip ticket had no other option. Look the map below. :P