terça-feira, 13 de março de 2012

Kk: Beijing, 02 de março de 2012


Hoje acabamos saindo tarde do Hostel. Quase na hora do almoço. É que a gente tinha que organizar um pouco as coisas da bagagem, ver umas coisas de internet e tudo mais.

A primeira tarefa do dia foi tentar comprar a passagem de trem de volta da Mongólia (vamos para lá de avião amanhã). Andar de metrô aqui é bem fácil por ser bem sinalizado, além de ter escritos, também, no alfabeto romano. Tentamos comprar o ticket pela internet mas, o site não oferecia a opção de e-ticket e não tínhamos tempo para aguardar o delivery. O trem é operado por uma empresa russa, a Real Russian e o trechinho que queremos é o fim da transiberiana, o que dá umas 30 horas de viagem. Então, o plano inicial é chegar em UlaanBaatar amanhã à tarde e voltar no dia seguinte, de trem. Assim rapidinho mesmo porque está uns - 20oC (MENOS vinte, mesmo) e o nosso sangue tropical pode não sobreviver muito tempo por lá.

Tentamos, obviamente, na estação central de trem de Beijing. Bem grande, com apenas uma janelinha que fala (mais ou menos inglês). A moça disse que não era lá e sim em algum lugar de fora, na rua da frente, há uns 5 min a pé. Fomos demos uma volta na tal rua, nas laterais, no quarteirão. Nada. Achamos um Hostel com gente que falava inglês. Ninguém sabia. Achamos um posto internacional dos correios. Ninguém falava inglês. Com muito custo e um frio danado (0oC com vento e nevezinha de leve), achamos o tal lugar e um cartazinho dizendo que estava provisoriamente em outro local, que também não encontramos. Pedimos ajuda de uns guardinhas que não falavam inglês, mas viram a coto do cartaz e apontaram numa direção. Por fim, tentamos ligar e... adivinha? Não vendia o bilhete. Restou-nos deixar para comprar na Mongólia.

Com a tarde toda perdida e muito muito (Helén achou que ia perder a ponta do nariz e eu os dedos das mãos - apesar das megas luvas pra esse tempo mesmo). Acabamos nos refugiando num lugar que até agora não sabemos se era um shoppinhg ou loja de departamentos. Foi bom que acabei comprando mais uma calça, aveludada por dentro e um casacão, com dois gorros embutidos. Eu estava meio com medo dos menos 20... Passado o desconforto inicial da sensação de analfabetismo por não conseguirmos ler nada, misturada a uma sensação de deficiência de fala (quase um mutismo), começamos a nos virar bem na mímica, que passou a ser o meio de interação predominante para fins comerciais.

Num dos lugares mais populosos do mundo, imagine como é o metrô nos horários de pico. Isso também fez parte da nossa aventura e acabamos voltando para o Hostel de noitinha. Encontrarmos, na recepção, mais um brasileiro perdido e a prosa rendeu madrugada fora, com direito a cup noodles e a uma cerveja chinesa (que ficou mais para apreciação da Helenzita).

DICA: o trem da Mongólia para a China é operado por uma empresa que eu penso ser russa (mas é registrada na Inglaterra), a Real Russia. Esse trecho é o fim da transiberiana. Você pode comprar o bilhete pela internet, mas demora um tempo para chegar ou você tem que pegar em alguns postos (na Rússia). Há, ainda, um e-ticket. Com ele você só precisa do passaporte para embarcar. Não conseguimos comprar esse, não aparecia a opção no site. O trem é uma vez por semana e, na primeira e segunda classe, se você compra de 2 a 4 bilhetes, pode fechar a cabine.
O site é:
http://www.realrussia.co.uk/

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