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Depois de um dia e meio de viagem, cheguei a Pequim. Transcorreu tudo muito bem na vinda e a única coisa que não foi lá essas coisas foi o vôo da India Airways. Se tem um item ausente nos aviões deles, com certeza esse item é o ar condicionado. A aeronave estava muito abafada, além de suja. As poltronas, as mesinhas de refeição... Eca!
Cheguei à China com atraso de 2 horas e, apesar de parecer que eu estava carregando o mundo nas costas, a mochila continua brilhando na bagagem de mão. Comprei uns 6 livros de Yoga no Ashram muitíssimo baratinhos por causa do câmbio e ganhei muitas coisas (o Ashram dá presentes tipo livros, CD e cachecol). Tudo isso pesou bastante e fui para o aeroporto já com espírito preparado para despachar a bagagem, imaginando um grande rigor da Air China com o peso. No check in, fiz cara de quem carregava uma pluma e soltei "just carry on luggage" (apenas bagagem de mão) e não é que colou? Não postei as coisas na Índia porque a biboquinha com placa de correio não tinha caixas para eu as embalar.
O aeroporto de Pequim venceu até agora em todos os aspectos: limpeza, organização, rapidez, tecnologia, tamanho... Fiquei muito admirada, ainda mais sendo alguém desembarcando da India, onde o cenário é tão o oposto. A quantidade de água dentro do vaso sanitário era maior do que a que gastava num banho inteiro no Ashram. Já na saída do desembarque internacional as meninas (Hélen e Cássia) encontraram-me e agora a viagem terá outra cor! Fiquei muito feliz de estarmos juntas! Almoçamos por lá mesmo e o tão popular comentário de que quase ninguém fala inglês por aqui já deu seus primeiros sinais de veracidade: no restaurante do aeroporto INTERNACIONAL, tivemos que pedir os pratos e a conta gesticulando. Resolvemos pela economia e por um certo grau de aventura e encaremos trem + metrô para o Hostel. Não foi muito difícil porque já tínhamos as coordenadas e os nomes das estações estavam escritas, também, no nosso alfabeto. Chegamos direitinho ao Hostel* e fomos surpreendidas: a coisa era um ex-Hostel, em obras. O moço que nos atendeu (desta vez, em inglês) explicou que o governo resolveu fazer uma reforma lá. Com isso, todas as reservas haviam sido remanejadas para outro Hostel. Ele disse ter avisado por email. Mas havia um pequeno detalhe: a reserva estava em meu nome e há 15 dias não tenho acesso a internet (hoje, inclusive, continuo sem). Lá fomos nos pro outro lugar indicado.
Como iria anoitecer cedo, estava muito frio (uns zero graus), o peso das bagagens e a vontade de ir ao banheiro já estavam incomodando e caía uma garoinha, optamos por tomar um táxi. Tínhamos um cartão com endereço e mapa da nova hospedagem e um escrito em chinês "por favor, leve-me a este endereço". Paramos um taxi e ele se recusou!! Pelos gestos dele, supus que o motivo da negativa era a curta distância da corrida. Voltamos pro metrô, passamos as mochilas pelo RX (no metrô aqui é assim: tipo aeroporto) e seguimos. Acontece que, já dentro do vagão, vimos que a cor da estação que queríamos estava verde e todas as subseqüentes também*. Pensamos estar indo na direção errada. Descemos. Voltamos. Percebemos que a primeira direção era a correta. Descemos e voltamos de novo. Isso tudo no pico do movimento de um dos lugares mais populosos da face da terra e nós três de mochilão. Baldeamos para a outra linha e chegamos, enfim.
O Hostel é bem bonitinho e as camas muito confortáveis. O quarto é de 3 beliches e misto (além de nós tem uma moça não me recordo de onde e um australiano). Uma pena, mas aqui não há aqueles tours gratuitos ds outrs hostels. O café da manhã também não está incluído. Saímos ara comer e... adivinhe!! Comunicação impossível. O restaurante em que estávamos até tinha um menu mais ou menos em inglês, mas sem o tamanho e o preço das coisas e um outro com fotos, mas escrito em chinês. Escolhemos tentando usar os dois. O problemas são as restrições: Cássia não pode com camarão e eu, que já não comia carne vermelha, estou parando com aves. Conclusão: a minha bebida foi leite de côco e a das meninas, um pet de quase dois litros de suco de laranja - tudo meio quente. O prato foi uns muitos litros de sopa que supomos ser de tofu, ovo, alga, bambu e preferimos comer sem ficar pensando nos demais ingredientes. Cássia praticamente nem comeu. Depois, pedimos uns palitinhos fritos (achamos que de alguma massinha) muito engordurados, envoltos numa calda doce.
Comemos. Pedimos a conta gesticulando e a moça escreveu os números num pedacinho de papel: uns ¥55,00 (um pouco mais de 11,00 (AO TODO). Como nenhuma de nós lembrava de ter lido algo sobre gorjeta, deixamos uns 10%. A garçonete não entendeu, ficou vermelhinha, levou o dinheiro para o caixa e eles vieram atrás da gente já na porta da rua para devolver. Acho que, sem querer, cometemos uma gafe. Chamou a atenção o tanto que as pessoas aqui fumam durante a refeição e, ainda por cima, dentro do restaurante e jogam as cinzas, com os cigarros e tudo mais n chão! No caminho de volta, paramos numa loja de conveniência. Compramos batatas, água (parecia ser), castanhas, floquinhos de côco e chocolate. A prateleira de castanhas e coisas tipo chips tinha umas peculiaridades como dedos de frango com unha e tudo! :-P Deu até calafrio de ver.
Já estou com saudades do Ashram com a sua comidinha e das celebrações noturnas. Senti muita falta mesmo dos cantos com a energia que trazem. Tenho livro com alguns cantos, mas como não sei a pronúncia e o quarto é coletivo, não vai rolar. Não vejo a hora de conectar à internet e baixar uns.
Dicas:
* o primeiro Hostel (o da reforma) é o Peking Youth Hostel. O segundo, o que ficamos ao final das contas, foi o Peking Yard Hostel
- ir de trem e metrô para a cidade foi fácil e bem em conta: ¥25,00 o primeiro e ¥2,00 o segundo. Você compra o ticket e pega o trem dentro do aeroporto mesmo e com isso evita os congestionamentos. Acho que gastamos umas meia hora na viagem. Na última estação do trem, você já compra o cartão do metrô e embarca. Nas máquinas dos bilhetes, há opção de menu em inglês (algumas aceitam até notas de ¥100,00 e cartões/ tem caixa eletrônico do HSBC no aeroporto). Você ainda (isso não é em toda estação) pode comprar o bilhete no caixa - não precisar falar nenhuma língua: mostre com o dedo o número de bilhetes que você quer para a atendente e o valor aparece na máquina registradora do caixa.
- não jogue fora o cartão de embarque do metrô porque você precisa passá-lo na catraca para sair.
Fotos: a ordem que serão publicadas dependerá do humor do blog hoje.
. Trem de transporte entre os terminais do aeroporto de Pequim
. Coisas da prateleira de "chips" da China. Sim, isso são pedaços de frango meio crus. Sim, eles comem assim e tem, ainda, pacotinhos de patas de galinha.
. Hall do primeiro Hostel da China
. Primeiro de jantar de Pequim. Sopa de... é... ainda não sabemos!
Nó KK, que doideira!!!! A barreira da língua é braba, né? bjs p as três. Tail
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