Se a resposta ao título foi SIM, só tenho a dizer: Ô dó!
Eu também acreditei!
João Monlevade - casa de pai mais mãe - 23 de Dezembro de 2012
Fui à loja da TAM na Praça Marília de Dirceu (BH) duas vezes e, adivinha? Claro que não dava para usar as milhas para chegar à terra do sol nascente. Lembram da tabelinha de milhas necessárias para chegar até lá? Vide post anterior. No trecho em que, de acordo com a tabela do site eu precisaria de umas 30 a 40 mil milhas - por exemplo, África -> Ásia, na loja me explicaram que aquilo era "A PARTIR DE"... Assim, na realidade, eu precisaria de umas 85.000 milhas para cada perna!!!!! Perna é cada trecho da viagem: só a ida ou só a volta. Minhas milhas então, não valeriam de nada.
Desolada e desiludia, mas ainda com aquela incontrolável vontade de viajar e a boa esperança correndo nas veias, resolvi tentar um plano B, que já tinha sido sugerido por André - outro totalmente animado para rodar por aí. Sentei ao computador para pesquisar preços de passagens para a Ásia: tudo MUITO caro: de uns R$5.000,00 a R$12.000,00 por pessoa, ida e volta, classe econômica. Comecei a procurar uns destinos diferentes do nosso roteiro inicial, que não incluía Austrália. Acabei achando um vôo da TAM para a Austrália operado pela LAN, pela relativa bagatella de R$3.500,00 - escala em Santiago do Chile. Eu e Dé conversamos e liguei para o querido Cadu - My Tour*, que sempre providencia as passagens com toda disposição e atenção do mundo! Esse vôo da LAN só tinha um problema: ele saia muito muito cedo de SP, então teríamos que ir um dia antes e pernoitar lá. Além do mais, a escala em Santigo do Chile era de milhões de horas, mas não o suficiente para uma volta na cidade. Mesmo assim eu estava disposta, até que o Cadu deu a luz! Por um pouquinho a mais, vamos de South African, com saída de BH, sem dormir em SP e com uma curta escala lá, mais uma escala na África do Sul. Claro que não resisti e pus aí, sem acréscimos financeiros, um stop over em Joanesburgo. Stop over é quando você para numa escala, desembarca e fica um ou mais dias no local antes de continuar a viagem até o destino final. A maioria das empresas permite que você faça isso sem custos adicionais, mas tem que ser programado com antecedência. A paradinha não vale para bilhetes emitidos através de milhas.
Para conseguir a façanha de utilizar as milhas na Ásia, já que desisti de usar para chegar até lá, eu e André fizemos a seguinte ginástica: ele emitiu o bilhete dele Smiles de Narita (Japão) para Hong Kong (China) no dia 11/03, classe executiva. Pelo menos era "baratinho": 18.500 milhas (o vôo pela empresa Delta, se pago, na classe econômica, custaria "módicos" R$4.094,00!!!!!! mais taxas). Só tem um problema: no vôo, mesmo nos dias um pouco antes e um pouco depois, só tinha uma vaga para viajantes milheiros - a que ele adquiriu. Assim, ou eu viajo dois dias antes dele ou pago esse dinheiro aí (mais caro que a passagem que pagamos Brasil - Sydney ida e volta).
Com toda a paciência do universo, consegui emitir o bilhete no mesmo vôo, classe econômica (12.500 milhas) para dois dias antes - frio na barriga, porque isso implica chegar sozinha a Tóquio, uma cidadezinha que não fala inglês e que tem 39 milhões de habitantes (incluindo os arredores). Isso dá umas dezesseis vezes a população de Belo Horizonte. Recebi o email de confirmação e tudo mais, mas o site da Smiles deu problema na hora de confirmar o pagamento da taxa. Quando se emite um bilhete com milhas, paga-se a taxa de emissão que, no caso, é de R$62,00, mas já vi até de R$214,00! Bom, neste exato momento estou na terceira ligação para a Smiles (o número que eles forneceram no site quando deu problema estava desatualizado). Estou há 25 minutos com aquela musiquinha infernal na orelha e nada... Ah, a ligação é 0300.
Vamos viajar separados nesse trecho? Talvez... Mas como a taxa é baratinha e você perde apenas R$80,00 se cancelar e nenhuma milha, resolvi garantir.
Os trechos Hong Kong - Seoul e Seoul - Sydney eu consegui emitir na loja da TAM. Paguei caro 90.000 milhas (ao todo, meus bilhetes e do André), mas não tive problemas.
Ah, eu já ia me esquecendo de um detalhe bem importante: quando se procura bilhetes por milhas no site da Smiles, para complicar a vida do coitado do viajante esperançoso, tem que se fazer a busca dia-a-dia: não tem como você verificar se há algum vôo de milha disponível no período. Um macete é buscar disponibilidade de vôos para uma pessoa, caso não consiga para duas: às vezes você consegue achar, assim, dois lugares no mesmo vôo, mas em classes diferentes (pode ser melhor do que desembolsar a passagem). Além do mais, quando se busca um trecho qualquer, ele apenas diz que a busca não gerou resultados naquela data, mas isso pode significar que não tem assento ou simplesmente que a Smiles não opera aquele trecho. Acontece que uma coisa é bem diferente da outra: porque se é uma questão de disponibilidade de assentos, pode ser que em outro dia ou hora você consiga. Caso contrário, vai ficar gastando a sua beleza e precioso tempo em vão na frente do computador. Para saber se o trecho é operado ou não, só pelo famoso telefone aí.
Lição do dia: quer viajar pra bem longe? Ou com MUITO dinheiro ou com algum dinheiro a paciência de Jó, boa vontade de nem sei o quê. Ai ai...
Aos amigos que acompanham o Blog porque são amigos e não pelo interesse nas dicas de viagem, peço licença pelas chatices da novela Providenciar Passagens - mas é que esse tipo de post costuma ajudar outras pessoas no seu planejamento.
Obs: escrevi este post e, depois de uns 40 minutos, ainda estava na espera...
* site da My Tour: http://www.mytur.com.br/ - fale com o Cadu e diga que Kk recomendou!
Eu também acreditei!
João Monlevade - casa de pai mais mãe - 23 de Dezembro de 2012
Fui à loja da TAM na Praça Marília de Dirceu (BH) duas vezes e, adivinha? Claro que não dava para usar as milhas para chegar à terra do sol nascente. Lembram da tabelinha de milhas necessárias para chegar até lá? Vide post anterior. No trecho em que, de acordo com a tabela do site eu precisaria de umas 30 a 40 mil milhas - por exemplo, África -> Ásia, na loja me explicaram que aquilo era "A PARTIR DE"... Assim, na realidade, eu precisaria de umas 85.000 milhas para cada perna!!!!! Perna é cada trecho da viagem: só a ida ou só a volta. Minhas milhas então, não valeriam de nada.
Desolada e desiludia, mas ainda com aquela incontrolável vontade de viajar e a boa esperança correndo nas veias, resolvi tentar um plano B, que já tinha sido sugerido por André - outro totalmente animado para rodar por aí. Sentei ao computador para pesquisar preços de passagens para a Ásia: tudo MUITO caro: de uns R$5.000,00 a R$12.000,00 por pessoa, ida e volta, classe econômica. Comecei a procurar uns destinos diferentes do nosso roteiro inicial, que não incluía Austrália. Acabei achando um vôo da TAM para a Austrália operado pela LAN, pela relativa bagatella de R$3.500,00 - escala em Santiago do Chile. Eu e Dé conversamos e liguei para o querido Cadu - My Tour*, que sempre providencia as passagens com toda disposição e atenção do mundo! Esse vôo da LAN só tinha um problema: ele saia muito muito cedo de SP, então teríamos que ir um dia antes e pernoitar lá. Além do mais, a escala em Santigo do Chile era de milhões de horas, mas não o suficiente para uma volta na cidade. Mesmo assim eu estava disposta, até que o Cadu deu a luz! Por um pouquinho a mais, vamos de South African, com saída de BH, sem dormir em SP e com uma curta escala lá, mais uma escala na África do Sul. Claro que não resisti e pus aí, sem acréscimos financeiros, um stop over em Joanesburgo. Stop over é quando você para numa escala, desembarca e fica um ou mais dias no local antes de continuar a viagem até o destino final. A maioria das empresas permite que você faça isso sem custos adicionais, mas tem que ser programado com antecedência. A paradinha não vale para bilhetes emitidos através de milhas.
Para conseguir a façanha de utilizar as milhas na Ásia, já que desisti de usar para chegar até lá, eu e André fizemos a seguinte ginástica: ele emitiu o bilhete dele Smiles de Narita (Japão) para Hong Kong (China) no dia 11/03, classe executiva. Pelo menos era "baratinho": 18.500 milhas (o vôo pela empresa Delta, se pago, na classe econômica, custaria "módicos" R$4.094,00!!!!!! mais taxas). Só tem um problema: no vôo, mesmo nos dias um pouco antes e um pouco depois, só tinha uma vaga para viajantes milheiros - a que ele adquiriu. Assim, ou eu viajo dois dias antes dele ou pago esse dinheiro aí (mais caro que a passagem que pagamos Brasil - Sydney ida e volta).
Com toda a paciência do universo, consegui emitir o bilhete no mesmo vôo, classe econômica (12.500 milhas) para dois dias antes - frio na barriga, porque isso implica chegar sozinha a Tóquio, uma cidadezinha que não fala inglês e que tem 39 milhões de habitantes (incluindo os arredores). Isso dá umas dezesseis vezes a população de Belo Horizonte. Recebi o email de confirmação e tudo mais, mas o site da Smiles deu problema na hora de confirmar o pagamento da taxa. Quando se emite um bilhete com milhas, paga-se a taxa de emissão que, no caso, é de R$62,00, mas já vi até de R$214,00! Bom, neste exato momento estou na terceira ligação para a Smiles (o número que eles forneceram no site quando deu problema estava desatualizado). Estou há 25 minutos com aquela musiquinha infernal na orelha e nada... Ah, a ligação é 0300.
Vamos viajar separados nesse trecho? Talvez... Mas como a taxa é baratinha e você perde apenas R$80,00 se cancelar e nenhuma milha, resolvi garantir.
Os trechos Hong Kong - Seoul e Seoul - Sydney eu consegui emitir na loja da TAM. Paguei caro 90.000 milhas (ao todo, meus bilhetes e do André), mas não tive problemas.
Ah, eu já ia me esquecendo de um detalhe bem importante: quando se procura bilhetes por milhas no site da Smiles, para complicar a vida do coitado do viajante esperançoso, tem que se fazer a busca dia-a-dia: não tem como você verificar se há algum vôo de milha disponível no período. Um macete é buscar disponibilidade de vôos para uma pessoa, caso não consiga para duas: às vezes você consegue achar, assim, dois lugares no mesmo vôo, mas em classes diferentes (pode ser melhor do que desembolsar a passagem). Além do mais, quando se busca um trecho qualquer, ele apenas diz que a busca não gerou resultados naquela data, mas isso pode significar que não tem assento ou simplesmente que a Smiles não opera aquele trecho. Acontece que uma coisa é bem diferente da outra: porque se é uma questão de disponibilidade de assentos, pode ser que em outro dia ou hora você consiga. Caso contrário, vai ficar gastando a sua beleza e precioso tempo em vão na frente do computador. Para saber se o trecho é operado ou não, só pelo famoso telefone aí.
Lição do dia: quer viajar pra bem longe? Ou com MUITO dinheiro ou com algum dinheiro a paciência de Jó, boa vontade de nem sei o quê. Ai ai...
Aos amigos que acompanham o Blog porque são amigos e não pelo interesse nas dicas de viagem, peço licença pelas chatices da novela Providenciar Passagens - mas é que esse tipo de post costuma ajudar outras pessoas no seu planejamento.
Obs: escrevi este post e, depois de uns 40 minutos, ainda estava na espera...
* site da My Tour: http://www.mytur.com.br/ - fale com o Cadu e diga que Kk recomendou!